Não há informação sobre que diligências foram tomadas após a apresentação destas reclamações à PSP, mas o homem permaneceu livre e, segundo o JN, esperou que a ex-namorada saísse do trabalho antes de a atropelar mortalmente, atropelando-a três vezes com o carro, num crime presenciado por várias pessoas que ali se encontravam. O Correio da Manhã tem uma versão diferente: a mulher, que trabalhava em arquitetura, não estava saindo do trabalho, mas sim da casa do novo namorado.
O assassino, João Pedro Oliveiranascido em Coimbra em 1981, ele já havia matado (apunhalando) outra ex-namorada que tentou terminar um relacionamento com ele. Foi em 2009, em Castelo Branco, que o homem matou a então namorada com 23 facadas, à porta da casa dos pais dela.
João Pedro Oliveira tinha um histórico de agressões a outras mulheres, desde muito jovem, e Depois de cometer este crime, foi condenado a 16 anos de prisão. Mas ele acabaria cumprindo apenas 10 anos na prisão e, em 2020, foi libertado em liberdade condicional (e assim permaneceu).
Quando foi libertado (condicionalmente), em 2020, o homem rumou para Trás-os-Montes e então ele se envolveu com outra mulher que também acabaria processando-o por violência física. Foi aberta uma investigação que poderia ter levado João Pedro Oliveira a regressar à prisão, mas acabou por não ter êxito devido às limitações causadas pela pandemia da Covid-19.
Foi nessa altura que o homem decidiu ir viver para Matosinhos, onde iria conhecer a mulher que matou na passada quinta-feira. Daniela Alejandra Padrino tinha 35 anos quando os dois se conheceram e começaram a namorar. Chegaram a viver juntos na zona dos Picoutos, segundo o Jornal de Notícias. Mas as agressões constantes ditaram o fim do relacionamento, com a homem jurando que iria matá-la se ela não voltasse.
Daniela não tinha familiares próximos em Portugal, pois os seus pais vivem nos EUA – e, sabendo da perseguição de que a filha era vítima, insistiram para que ela deixasse Portugal e se juntasse ao resto da família na América.
Segundo reportagem do Correio da Manhã, a mulher foi atropelada pela primeira vez na calçada e foi arremessada. João Pedro Oliveira então deu ré e passou mais duas vezes por cima da mulher. Ele então fugiu, quase atropelando um homem que se colocou no meio da estrada para tentar impedi-lo. Ele também colidiu com vários veículos estacionados naquela área, que fica próxima a uma escola.
O homem, presente perante o juiz, ficou em prisão preventiva e não fez nenhuma declaração pública.


