Em Matosinhos, na Avenida Villagarcia de Arosa, a Pneus Pinto & Pinto oferece desde 2014 os melhores pneus usados. A NM conversou com Hélder Pinto, engenheiro civil de profissão, que está na empresa há 11 anos e lidera o negócio criado com o primo Filipe Pinto, pelo pai e pelo tio, que surgiu da importação de pneus usados há cerca de três anos.
Como começou o seu percurso e a criação da Pneus Pinto & Pinto?
A empresa surgiu do negócio de transportes que o meu pai já tinha entre Portugal e a Suíça. Muitos clientes trouxeram pneus da Alemanha, França, Suíça e Áustria e nós transportámo-los. Comecei a comprar pneus para revender para oficinas e a demanda cresceu. Meu pai então sugeriu que criássemos nosso próprio negócio. Com a contratação do Paulo tudo ficou mais fácil, com o seu esforço e dedicação à empresa, pela qual até hoje somos gratos. Na época eu trabalhava como engenheiro civil e só vinha aos sábados. Depois de sete anos, meu primo saiu e eu fiquei para administrar o negócio. Começamos com dois funcionários e hoje temos seis.
A empresa começou com pneus. Atualmente você oferece mais serviços?
Sim. Os pneus usados continuam a ser o nosso ponto forte. Somos importadores diretos e testamos todos os pneus. Também temos pneus novos e expandimos para mecânica rápida: óleos, filtros, pastilhas e discos de freio, amortecedores e alinhamentos 3D. Não realizamos reparos em motores, apenas manutenções periódicas.
Quais são os principais desafios que você enfrenta no setor?
Os maiores desafios são clientes, concorrência e preços. É difícil manter a lealdade porque a economia está frágil. Há quem não queira pneus chineses, mas procure pneus novinhos, que custam a metade do preço dos novos. Além disso, as pessoas querem tudo muito rápido, como se trocássemos os pneus ao estilo Fórmula 1 — o que não é possível. Nosso foco é que o cliente fique sempre satisfeito.
Como você avalia a concorrência em seu mercado?
Quando abrimos eram cinco empresas, agora restam duas. Nossos concorrentes trabalham apenas com pneus novos, enquanto temos a vantagem dos pneus usados. A concorrência acaba sendo positiva porque nos obriga a comparar preços e evoluir.
Por que investir tanto em pneus usados?
Porque somos importadores diretos e garantimos qualidade. Trazemos de dois a três mil pneus e cerca de 10% vão para o lixo. Temos uma máquina, vinda da Polónia, que testa cada pneu: verifica furos, bolhas, inchaços e desgaste irregular. Existem empresas que vendem pneus usados sem testes, mas fazemos um controle rigoroso. No setor de usados, aqui na região, praticamente não temos concorrência.
Quais são os planos para o futuro da empresa?
Estamos estudando novos serviços, mas está muito difícil encontrar mão de obra. Gostaria de abrir uma nova oficina, com mais espaço, mas talvez mais tarde. Por enquanto, quero otimizar a oficina atual e contratar outro funcionário para reduzir o tempo de espera. Nosso objetivo é continuar melhorando o atendimento, mantendo a honestidade e o bom atendimento. Nos últimos dois anos fizemos menos publicidade porque os nossos clientes fazem isso por nós, o que é um grande sinal de confiança. O futuro é uma incógnita, mas trabalhamos sempre para satisfazer todos os clientes — sejam eles um Fiat Uno ou um Porsche Carrera.

