O projeto, intitulado Peixe Vertical, é liderado pelo grupo MC Sonae e enquadra-se no Pacto para a Bioeconomia Azul.

Investigadores do Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul (B2E), em Matosinhos, integram um projeto que visa encontrar novas ferramentas para determinar a qualidade do pescado, promovendo a segurança alimentar e combatendo o desperdício, foi hoje revelado. Em comunicado, o laboratório esclarece hoje que o projeto, intitulado Peixe Vertical, enfrenta "dois desafios críticos: garantir a qualidade do peixe e a sustentabilidade na aquicultura".
Liderado pelo grupo MC Sonae e integrado no Pacto para a Bioeconomia Azul, o projeto é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Com as alterações climáticas a afectar os ecossistemas marinhos, os investigadores irão analisar "Soluções inovadoras" identificar as variações morfológicas, estruturais e moleculares dos peixes. Utilizando softwares de processamento de imagens e kits de detecção rápida de alterações bioquímicas, o objetivo do projeto é "avaliar a qualidade do pescado, identificando precocemente casos que comprometam a segurança alimentar".
Isto permitirá "melhore a qualidade" Isso é "reduzir o desperdício de peixe". Citada no comunicado, a Diretora de Qualidade e Investigação da MC, Ondina Afonso, destaca que o projeto visa "tornar o processo de avaliação da qualidade do pescado mais eficiente e otimizar as metodologias de rastreabilidade na origem e ao longo de toda a cadeia de valor".
Numa primeira fase, o projeto analisará detalhadamente os dados para identificar potenciais causas e problemas que afetam a qualidade do pescado. Posteriormente, serão utilizadas metodologias de triagem para detectar "práticas fraudulentas" relacionado com a origem do peixe. Na fase final, está previsto o desenvolvimento de tecnologias que permitam avaliar a qualidade do pescado através de imagens e de software inteligente.
"Estas metodologias permitirão ações mais ágeis e eficazes na identificação e resolução de problemas relacionados com a segurança alimentar", destaca Ondina Afonso. Ao longo do projeto, que termina no final de 2025, "sistemas modulares inovadores" com vista a zero resíduos no setor da aquicultura. Estes sistemas permitirão "reaproveitamento de diferentes nutrientes em diversas etapas da produção, utilizando organismos de baixo nível trófico"como macroalgas e outros invertebrados, o que permitirá "otimizar a eficiência do produto, reduzir custos operacionais e promover práticas mais sustentáveis".
Além da B2E e da Sonae MC, o projeto conta com a participação de diversas empresas, universidades e centros de investigação, como a A4F, SA – Algae for Future, o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), a Faculdade de Ciências do Mar da Universidade de Porto, INESC-TEC, Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Neadvance, Seaentia, Universidade de Aveiro e Universidade do Minho.

