Luísa Salgueiro defendeu a importância de o país poder agir e reagir às mudanças no mundo.
A presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro, propôs hoje ao Governo uma nova Lei das Finanças Locais, que modernizaria o país e o tornaria mais eficiente e mais próximo das pessoas.
“Propomos, no verdadeiro sentido do termo, uma nova Lei das Finanças Locais. Uma lei que moderniza Portugal e é em si uma reforma do Estado, tornando-o mais eficiente e mais próximo do povo”, destacou.
Na cerimónia de comemoração dos 40 anos da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que decorreu esta manhã em Coimbra, o autarca defendeu a importância de o país poder agir e reagir às mudanças no mundo.
“Perante os desafios contemporâneos e face à nossa antiga e contínua vontade de fazer da nossa democracia um expoente da justiça social, da competitividade de Portugal no mundo, do desenvolvimento sustentável e da afirmação da genuína alma portuguesa”, ele adicionou.
Segundo o autarca, Portugal ainda está longe das médias europeias no que diz respeito à gestão dos recursos públicos confiados às autarquias locais, apresentando por isso ao agora Governo liderado por Luís Montenegro, um novo caderno de reivindicações, “para fazer de Portugal um país mais europeu”. .”
“Reforçar a descentralização de competências para os municípios e freguesias, acompanhada dos recursos humanos e financeiros necessários”, sustentou.
Durante o seu discurso, perante um auditório repleto de autarcas e com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, a presidente da Câmara de Matosinhos aludiu à importância de promover a regionalização.
“Portugal precisa de acompanhar o impulso reformista da descentralização com a coragem e a determinação para concretizar uma ambição já demasiado antiga, a da regionalização. É uma enorme reforma do Estado que os autarcas exigem reiteradamente nos congressos da ANMP”, disse.
A regionalização não pode continuar a ser adiada, disse, dando por exemplo estudos que indicam que mais descentralização e mais regionalização permitem um maior desenvolvimento e crescimento económico dos parceiros europeus.
“Não podemos continuar a adiar a regionalização, esta reforma foi adiada por vários motivos. Estas razões já não são suficientes para continuarmos a aceitar o adiamento da regionalização, que é para nós uma condição “sine qua non” para defender o nosso modelo de Estado social, de democracia e de capacidade de liderar Portugal no mundo”, explicou. .
Segundo Luísa Salgueiro, a regionalização é a oportunidade para fazer mais e melhor e para Portugal crescer como país.
“Para superar os desafios que enfrentamos coletivamente, com maior capacidade de resposta, com maior espírito de unidade e com a participação efetiva dos portugueses nos processos de decisão”, indicou.
Em resposta ao autarca, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que a regionalização não é uma prioridade do Governo, preferindo continuar com o processo de descentralização de competências da Administração Central para as autarquias locais.
A cerimónia do 40º aniversário contou ainda com a presença do primeiro presidente da ANMP, Artur Torres Pereira, a que se juntou posteriormente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a quem coube o descerramento de uma placa comemorativa.
Créditos: sapo.pt
TVSH 21/05/2024

