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A redução do IVA na construção e reabilitação de imóveis residenciais ainda está em calibração e por isso não existe estimativa de custos. Secretário de Estado da Habitação defende celeridade da medida.
“Todas as contribuições, que veio de todos os lados, são bem-vindos e estamos tentando incorporar em nossas medidas”, acrescentou o responsável. “Acredito que um governo minoritáriocomo estamos vivendo neste momento, É uma oportunidade para criar pontes e dialogar. Se quisermos verdadeiramente criar políticas públicas, tem que se basear no consenso e no compromisso”, argumentou.
Mas deixou uma mensagem: “A habitação é uma infraestrutura para o país e para as pessoas. É um pilar social e, portanto, questões ideológicas devem estar fora do rumo a ser dado a este tema.”
Na apresentação da Construir Portugal, no dia 10 de maio, a Ministro da Habitação revelou que uma das medidas previstas é, até ao final da legislatura, reduzir o IVA para a taxa mínima de 6% para obras de reabilitação e construção de imóveis destinados a habitação, com limites dependentes dos preços, ficando assim a redução fiscal limitada às Áreas de Reabilitação Urbana (ARU). Mas, depois de auscultadas as partes, a componente de projeto também poderá ser incluída, revelou Patrícia Gonçalves Costa.
Horas depois da apresentação do novo pacote de medidas, a Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) aplaudiu as propostas. “Ficámos muito satisfeitos por ver que a medida mais importante exigida pelo setor foi agora incluída no Programa do Governo, a redução do IVA na habitação acessível”, afirmou Hugo Santos Ferreira, presidente da APPII.
Reconhecendo que este é um medida há muito exigida pelo setor, João Pinheiro da Silva, sócio da CMSna Cúpula Advocatus, alertou para a necessidade de a medida estar “muito bem calibrada para produzir o efeito pretendido.” “Eu entendo que não é fácil. Por mais desejável e desejada que seja esta medida, e a sua implementação num espaço de tempo muito curto, é necessário garantir que o seu efeito útil se reflete no preço final que será arcado pelo consumidor final.” Em outras palavras, esclareceu “isso não serve apenas para aumentar a margem de lucro da construtora.”
Consciente do desafio, Patrícia Gonçalves Costa disse que, dada a importância da medida, esta “tem que estar muito bem calibrada”. Razão pela qual Ainda não há estimativa de custo para isso.. E embora se preveja que o programa seja implementado até ao final da legislatura, o secretário de Estado da Habitação garante que será implementado mais cedo.
“Uma das bases muito importantes desta medida é o custo financeiro que ela acarreta. Portanto, não é uma medida de dez dias. Mas também vos digo que não será bom até ao final da legislatura”, explicou o responsável.
“Estamos trabalhando duro para ver como isso pode ser modelado o mais rápido possível. É uma emergência que sentimos. Isto tem que ser rápido, porque precisamos de respostas”, concluiu o secretário de Estado da Habitação.
Alguns promotores imobiliários têm projectos previstos que só sairão da gaveta quando o Governo decidir sobre o IVA na construção, segundo o Expressar (acesso pago), o que poderá pressionar ainda mais a urgência da resposta.
Créditos: sapo.pt
TVSH 24/05/2024

