Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, fez avanços significativos no campo da tecnologia háptica.
Eles desenvolveram um dispositivo eletrônico inovador que consegue reproduzir a sensação de pressão e vibração na pele sem causar desconforto.
Isso ajuda a realidade virtual, as próteses e a tecnologia vestível a se tornarem mais envolventes.
Design e funcionalidade inovadores
O dispositivo consiste em eletrodos macios e extensíveis conectados a um adesivo de silicone que pode ser aplicado como um adesivo na pele. Este eletrodo faz contato direto com a pele e é conectado a uma fonte de energia externa.
O design do eletrodo é otimizado para flexibilidade e estimulação direcionada. É cortado a laser em um padrão concêntrico semelhante a uma mola que se estende e segue os movimentos do seu corpo. Garante elasticidade ideal e fornecimento de corrente direcionado, prevenindo efetivamente a dor para o usuário.
Ao aplicar uma corrente elétrica suave na pele, o dispositivo pode imitar uma variedade de sensações de toque, desde pressão sutil até vibrações distintas. A frequência do sinal elétrico determina se o usuário sente pressão ou vibração.
O que diferencia este dispositivo é o design exclusivo do eletrodo. As tecnologias hápticas existentes utilizam frequentemente eléctrodos de metal duro, o que pode causar desconforto e até dor devido à má conformidade da pele e ao fluxo irregular de corrente.
Em contraste, os novos eletrodos são feitos de polímeros macios e elásticos que aderem perfeitamente à pele. Isto elimina lacunas de ar e garante um fluxo de corrente estável e confortável.
O dispositivo é feito de um novo material polimérico que é uma mistura patenteada de dois polímeros bem conhecidos. Um deles, PEDOT:PSS, é conhecido por sua condutividade elétrica, mas é inerentemente rígido. Outro tipo, o PPEGMEA, é conhecido pela sua flexibilidade e elasticidade, mas não é eletricamente condutor.
“Ao otimizar essas proporções, [polymer building blocks]projetamos molecularmente um material que é eletricamente condutor e extensível”, disse a coautora do estudo, Rachel Blau.
Descobertas e aplicações promissoras
Notavelmente, os pesquisadores realizaram testes com 10 participantes usando o dispositivo nos antebraços. Trabalhando com cientistas comportamentais e psicólogos da Universidade de Amsterdã, eles identificaram o nível de corrente mais baixo detectável e sintonizaram a frequência para provocar diferentes sensações de toque, classificadas como pressão ou vibração.
“Descobrimos que, à medida que aumentávamos a frequência, os participantes sentiam mais vibrações do que pressão”, disse Abdulhamed Abdal, estudante de doutorado na Universidade da Califórnia, em San Diego, e outro co-autor principal do estudo.
“Isso é interessante porque, biofisicamente, não se sabia exatamente como a pele percebe a corrente elétrica”.
Esses novos insights podem abrir caminho para o desenvolvimento de dispositivos hápticos avançados com aplicações em diversos campos, incluindo realidade virtual, próteses médicas e tecnologia vestível. Na realidade virtual, o feedback tátil permite que os usuários sintam os objetos no mundo virtual, tornando a experiência mais envolvente.
No campo das próteses, os dispositivos hápticos ajudam os usuários a recuperar parte do sentido do tato perdido. A tecnologia wearable também oferece novas maneiras de interagir com dispositivos por meio de feedback tátil.
Embora sejam necessárias mais pesquisas e desenvolvimento, esta inovação representa um grande avanço na tecnologia háptica.
Sobre o editor
Aman Tripathi Jornalista e editor de notícias ativo e versátil. Ele cobriu notícias regulares e de última hora para várias publicações e meios de comunicação importantes, incluindo The Hindu, Economic Times, Tomorrow Makers, etc. Aman tem experiência em política, viagens e notícias de tecnologia, especialmente IA, algoritmos avançados e blockchain, e uma grande curiosidade sobre tudo o que se enquadra na ciência e tecnologia.

