A Associação Europeia de Operadores de Redes de Telecomunicações tomou uma medida ousada na sua batalha contínua com o gigante tecnológico dos EUA. A associação, que representa as maiores transportadoras da Europa, apelou a condições de concorrência equitativas no ambiente regulamentar num documento de opinião recentemente publicado.
Operadoras de telecomunicações exigem tratamento justo
A posição da ETNO destaca o fosso crescente entre as empresas de telecomunicações europeias e os gigantes tecnológicos dos EUA, como a Netflix e o YouTube. No centro da disputa estão os encargos regulamentares e as disparidades na partilha de benefícios. As operadoras argumentam que, embora estejam investindo pesadamente em infraestrutura, os provedores de conteúdo estão aproveitando essas redes sem custos comparáveis ou supervisão regulatória. Eurativo relatado.
Incompatibilidade regulatória
Paolo Gracia, Diretor Sênior de Políticas Públicas da ETNO, destacou a diferença no tratamento regulatório. Ele citou questões como termos contratuais, ofertas agrupadas e obrigações de comunicação de emergência, que, segundo ele, são mais difíceis na indústria de telecomunicações do que nas empresas de tecnologia dos EUA que oferecem serviços semelhantes.
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Exigindo igualdade regulatória
A opinião do ETNO responde ao recente livro branco da Comissão Europeia (CE) sobre telecomunicações e à consulta pública em curso. A associação defende a harmonização do quadro regulamentar para criar condições de concorrência equitativas em todo o setor das telecomunicações e da tecnologia.
Evolução da regulamentação das telecomunicações
Laszlo Toth, da GSMA, enfatizou a necessidade de uma estrutura regulatória para se adaptar aos avanços tecnológicos. Ele propôs expandir as regulamentações de telecomunicações para cobrir toda a cadeia de valor da conectividade, incluindo a infraestrutura em nuvem, para garantir uma supervisão abrangente.
Perspectivas futuras
Este debate, desencadeado pelo Livro Branco das Telecomunicações da CE, assinala um momento crucial na estratégia digital da Europa. À medida que o período de consulta chega ao fim, as partes interessadas aguardam mudanças políticas que possam ter impacto no futuro da conectividade e da concorrência na UE.
Fonte: Uativo

