O agressor está em prisão preventiva em Matosinhos
José Manuel Souza, 48 anos, confessou ter matado Carla Díaz, 43 anos, uma mulher divorciada, em seu local de trabalho, em fevereiro do ano passado. “Tentei enfiar-lhe a faca no braço, mas ela puxou o braço para trás, então dei-lhe um soco e saí correndo para a rua”, disse esta tarde o arguido ao tribunal de Sant Joan Novo, no Porto. No início do julgamento pelas acusações de homicídio qualificado, violência doméstica e coação agravada, o arguido disse ter recebido ameaças na rede social Facebook de alguém que mantinha relação com a vítima mas cujo perfil era desconhecido. Ele discutiu a guarda conjunta de suas duas filhas, que na época tinham 11 anos. “Fui lá para obter satisfação”, disse ele. Ao entrar no local de trabalho da vítima, ele “esbofeteou” a vítima, fazendo com que ela desmaiasse e que funcionários da empresa viessem em socorro de Carla Diaz. “Eu o ataquei, ele fugiu e eu a chutei duas vezes”, admitiu. A vítima foi atingida na cabeça. Aí apareceu outro funcionário e disse: “Vá até lá”. Naquele momento, ele atacou Carla Diaz com uma faca, atingindo-a no fígado e cortando sua aorta, causando sua morte. “Eu não queria matá-la. Queria machucá-la”, disse ele ao juiz. No início da manhã, o arguido admitiu ter insultado a vítima em diversas ocasiões ao longo da sua relação de quase 20 anos, e disse que o fez quando a mulher o insultou. Ele negou ter qualquer controle sobre ela e até admitiu tê-la agredido, garantindo que o fez em resposta à agressão da mulher. José Manuel Sousa encontra-se em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Custóias, em Matosinhos. No dia 22 de fevereiro de 2023, primeiro dia útil após a audiência de divórcio após o homicídio de Carla Díaz, o arguido apresentou-se na PSP de Vila Nova de Gaia.
Fonte: cmjornal