Segundo dados da RE/MAX, o concelho do Porto representou 33,7% da procura, Vila Nova de Gaia 26,4% e Matosinhos 11,9%. Os brasileiros representam a esmagadora maioria no mercado de compra e locação.
A Área Metropolitana do Porto (AMP) tem-se afirmado como um pólo de captação de investimento estrangeiro, por ser uma região com características marcadamente turísticas, o que representa oportunidades no mercado imobiliário.
Segundo dados recolhidos pela RE/MAX, entre janeiro e novembro de 2024, a rede registou transações de clientes estrangeiros em todos os 17 municípios da AMP, de forma mais significativa em cinco deles. Em evidência esteve o concelho do Porto, que representou um terço da procura, seguido de Vila Nova de Gaia com um quarto dessa procura. Neste período, a aquisição de imóveis (51,3%) foi favorecida em detrimento do arrendamento.
Os dados agora apresentados e relativos aos meses de janeiro a novembro de 2024 mostram que, por concelho, o Porto lidera o ranking da procura externa de imóveis, registando 33,7% do total da região. Segue-se Vila Nova de Gaia (26,4%), o concelho que mais cresceu em termos de preferências dos cidadãos além-fronteiras; Matosinhos (11,9%); Maia (7,7%) e Gondomar (6,2%), tendo este último perdido a 4ª posição devido a uma troca com o município da Maia, responsável por uma em cada 13 transações concluídas.
Dos imóveis transacionados neste período, os cidadãos estrangeiros foram os que mais se interessaram pelos apartamentos (66%), seguidos das casas (14,9%) e dos terrenos e lojas (6%). O preço médio de um apartamento vendido foi de 230 mil euros. Nos apartamentos houve maior procura pelas tipologias T2 (42%), T3 (35%) e T1 (17%). No que diz respeito às casas, os investidores internacionais privilegiaram as tipologias T3 e T4, com 45% e 22%, respetivamente. O preço médio das casas rondava os 308 mil euros.
Entre os mercados que elegeram a AMP entre 1 de janeiro e 30 de novembro, 59 nacionalidades estrangeiras favoreceram a aquisição ou arrendamento de imóveis na região. Destacam-se os clientes brasileiros, responsáveis por 44% das transações, seguidos dos clientes norte-americanos com 9% das transações e dos angolanos com 5%. Israelenses e Ucranianos, com cerca de 4% das transações cada, ocuparam a 4ª e a 5ª posição, respetivamente, entre os clientes estrangeiros que investiram em imóveis na AMP.
Segundo Beatriz Rubio, CEO da RE/MAX Portugal “Os clientes internacionais continuam a escolher a Área Metropolitana do Porto para investir em produtos imobiliários. É uma zona de expansão que se tem posicionado não só como destino turístico, mas também na captação de investimento e de residentes não habituais. O segmento habitacional destaca-se na procura global de investimento internacional nesta região, pelo que poderá haver um aumento da participação destes clientes durante o ano de 2025, especialmente porque Portugal continua no radar de muitas famílias e investidores estrangeiros.”