
Na semana passada, a Apple foi forçada pelo governo chinês a remover quatro aplicativos da App Store chinesa: Signal, Telegram, WhatsApp e Threads.
O fundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, respondeu ao incidente, alegando que o verdadeiro alvo do pedido da China era a Apple. No entanto, existem muitos problemas com esse giro…
em uma declaração para 9to5mac Na semana passada, a Apple explicou que é obrigada a seguir as leis dos países onde opera. Isto inclui a China, que citou preocupações de segurança nacional no seu pedido à Apple.
“Somos obrigados a seguir as leis dos países em que operamos, mesmo que discordemos delas”, diz Apple. “A Administração do Ciberespaço da China ordenou que esses aplicativos fossem removidos das lojas chinesas com base em questões de segurança nacional. Esses aplicativos continuarão a aparecer em todas as outras lojas onde você puder baixá-los.”
Na segunda-feira, o fundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, afirmou em seu canal Telegram que o alvo do pedido do governo chinês era a Apple, e não o próprio Telegram. Basicamente, sua interpretação da situação se resume ao fato de a Apple ser a vilã.
De acordo com o Google Play, o Telegram é o aplicativo móvel Android mais baixado na China. Você precisa de uma VPN para acessar o Telegram na China, mas os chineses são inteligentes o suficiente para adorar o Telegram e encontrar maneiras de usá-lo.
Na semana passada, a China forçou a Apple a remover aplicativos como o Telegram da App Store chinesa. Não vimos nenhum declínio nos downloads da China. E não creio que o Telegram tenha sido o alvo principal desta mudança.
Este foi um movimento contra a própria Apple. As autoridades chinesas estão a forçar mais pessoas a mudar de iPhones para smartphones Android fabricados por empresas chinesas como a Xiaomi.
Essas afirmações são intrigantes porque Telegram, Signal e outros aplicativos também não estão disponíveis na Google Play Store da China ou em outras lojas de aplicativos Android. Na verdade, a Apple resistiu o máximo que pôde até ser finalmente forçada pelo governo chinês a remover esses aplicativos.
Durov também afirmou na mensagem que o Telegram é “o aplicativo móvel Android mais baixado na China, de acordo com o Google Play”. Além disso, ele disse que o Telegram não viu “um declínio nos downloads da China”.
Estas afirmações não são verdadeiras porque o Telegram não está disponível na Google Play Store.
A opinião de 9to5Mac
A Reuters publicou esta história hoje e, ao lê-la, fiquei impressionado com a falta de nuances na mensagem de Durov e nas reportagens da Reuters.
Durov argumenta que a razão pela qual o governo chinês apoia mais os dispositivos Android é porque está “forçando mais pessoas a mudar de iPhones para smartphones Android fabricados por empresas chinesas”. Novamente, isso faz parte da justificativa para sua afirmação de que o alvo da decisão da China na semana passada foi a Apple, e não o próprio Telegram.
Ao contrário do iPhone, a maioria dos telefones Android permite o sideload de aplicativos fora da app store, como a versão direta do Telegram, para que mais usuários migrem da China para o Android.
A Apple mais uma vez deu um tiro no pé com sua política centralizada de aplicativos de “jardim murado”. Como resultado desta mudança, a quota de mercado do iPhone na China continuará a diminuir. Colocar o lucro acima da liberdade do usuário não é uma boa estratégia de longo prazo.
Como aponta Durov, é verdade que os usuários do Android podem (e fazem) baixar o Telegram e carregá-lo em seus dispositivos. Você poderá então acessar o serviço usando sua VPN. Isto torna o argumento de Durov bastante irônico quando se pensa sobre isso.
O Android permite que os usuários carreguem aplicativos que o governo chinês está tentando banir, mas claramente não é isso que o governo chinês deseja. A China quer um sistema fechado, não aberto.
Durov está certo ao dizer que a China quer que as pessoas comprem telefones Android fabricados localmente, mas o sideload não é um dos motivos.
Tudo isso significa que a afirmação do Sr. Durov de que a Apple foi objeto de exigências chinesas para remover Telegram, Signal, WhatsApp e Threads é um absurdo. Durov tem um histórico de ser altamente crítico em relação à Apple, por isso não é surpreendente vê-lo assumir esta posição.
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