Partido da oposição de Matosinhos critica administração por ‘gastos catastróficos’ em terrenos públicos
O PSD/Matodinhos criticou quarta-feira a “despesa desastrosa” da Câmara, de mais de cinco milhões de euros, em terrenos públicos onde está prevista a construção de centros de cuidados continuados.
Numa reunião à porta fechada de executivos camarários, o líder do PSD/Matosinhos, Bruno Pereira, alertou que os responsáveis pela construção de centros de cuidados continuados no prazo de 36 meses têm direito à superfície destes terrenos públicos. Ele está violando seu contrato desde abril.
Num comunicado enviado a Rusa, o Partido Social Democrata sublinhou que se tratava de uma “quebra de contrato”, uma vez que o responsável não iniciou o projecto nem mesmo concluiu a obra no prazo estipulado, e que se tratava de um caso individual Disse que isso significa um pagamento de 1.000 euros por pessoa. Tarde do dia.
“Na verdade, lamentamos a incompetência e o silêncio de Luísa Salgueiro”. [presidente da Câmara de Matosinhos]'', disse Bruno Pereira.
O PSD/Matosinhos acrescentou que o município e a região do estado do Porto já realizaram “despesas catastróficas” nestes terrenos no valor de 5 milhões de euros.
Explicou que o caso remonta a 2008, quando a Cooperativa Realidade Social, fundada um ano antes, beneficiou de um financiamento municipal com uma cedência de terreno durante 50 anos e um investimento de 4 milhões de euros para a construção de um centro social. .
Além do financiamento da Câmara de Comércio e Indústria, a cooperativa também recebeu subvenções da Administração Regional do Norte (ARS-N).
Bruno Pereira lembrou ainda que em 2015 a construtora intentou uma acção judicial contra a cooperativa e a câmara de comércio, mas a autarquia respondeu inicialmente que não era parte no contrato de construção.
Depois, no mesmo ano, a cidade chegou a um acordo judicial com a construtora em que decidiu assumir as dívidas da cooperativa de 2,2 milhões de euros e as responsabilidades financeiras de 676 mil euros, acrescentou.
“O PSD votou sempre contra, mas a verdade é que o Estado português perdeu 4,6 milhões de euros e a referida cooperativa foi dissolvida e liquidada em 2015”, frisou.
Em 2020, a Câmara Municipal de Matosinhos lançou um concurso público para a construção de um centro de cuidados continuados e assinou um direito de superfície por 50 anos, sujeito ao pagamento de uma renda anual de 76 mil ienes no ano seguinte. É o euro, enfatizou.
“As obras do centro de longa permanência deveriam ter sido concluídas em 36 meses, mas não foram feitas”, acusou Bruno Pereira.
Contactada pela Lusa, a câmara frisou que estava a agir de acordo com os termos do seu contrato com o promotor e já o tinha informado da violação.
“Ao lado da necessidade de fazer cumprir o contrato, o maior desejo do município é criar uma resposta social local, que ainda não está presente no território de Matosinhos desde a construção da Unidade de Cuidados Continuados com mais de 100 camas”. crescer”, disse ele. enfatizou.
A autarquia disse que o proponente já obteve o projeto de arquitetura e a licença de especialidade para a construção do complexo, mas surgiria a oportunidade de concorrer ao Plano de Reconstrução e Resiliência (PRR) e a aprovação do pedido atrasaria o processo revelado.
«A candidatura ao Fundo Europeu foi aprovada e o município está confiante que a construção terá início em breve», concluiu.

