Luisa Salgueiro fala sobre a descentralização de competências, que tem uma realidade diferente em cada concelho
A descentralização de capacidades tem levado a realidades diferentes para os municípios portugueses, com alguns a sofrerem consequências financeiras significativas e outros a não registarem quaisquer défices, afirmou esta terça-feira o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
“Vários autarcas vieram hoje realçar realidades diferentes: Há municípios que têm implicações fiscais significativas e precisam de ser observados, analisados a fundo e perceber onde estão os desvios “Alguns têm impacto negativo, outros não'. ', disse Luísa Salgueiro.
No final da reunião do Conselho Geral da ANMP que decorreu ao longo da tarde em Coimbra, o presidente da Câmara Municipal Matosinhos sublinhou a importância da Comissão de Acompanhamento na análise deste processo. O processo é “dinâmico e não se trata apenas de assinar um contrato”.
“De agora em diante, gostaríamos de monitorar principalmente os governos locais que relatam défices e corrigir quaisquer deficiências”, acrescentou.
Em entrevista à Agência Lusa, o presidente da ANMP disse que um dos municípios com maiores défices é a cidade de Coimbra, com cerca de 2,5 milhões de euros para a educação e mais de 1 milhão de euros para a saúde.
“Tomemos como exemplo Coimbra. O meu concelho, por exemplo, não tem défice, mas precisamos de perceber a situação, identificá-la e superá-la”, disse.
Sobre a descentralização de competências no setor da saúde, Luísa Salgueiro explicou que, à semelhança do que aconteceu no setor da educação, “tivemos que publicar o rácio de distribuição de assistentes cirúrgicos e de viaturas”.
“Encontramos aqui algumas questões operacionais relativas ao transporte de pessoal médico e à forma como é operado. Existem alguns desvios na implementação do acordo, que também foram relatados”, concluiu Ta.

