Do lado de fora da imponente Estação Central de Michigan, paisagistas estão acrescentando fileiras de árvores para completar o exuberante campus.
“Ouvimos do arquiteto que a Ford queria um prédio que parecesse ser aqui”, disse o capataz Drew Buell. “Então não parecia uma paisagem nova. É por isso que tudo está plantado em maior escala e mais próximo”.
Escala maior – esse é o tema desta estação, restaurando a grandiosidade da arquitetura Beaux-Arts original da década de 1910. O edifício era revestido de calcário e decorado com piso de mármore, paredes de mosaico, grandes colunas e arcos e esculturas detalhadas.
Esta é uma estação ferroviária abandonada em Detroit que foi revivida pela Ford Motor Company como um novo centro de inovação. A sua revitalização será completada com uma festa oficial de reabertura aberta ao público esta quinta-feira.
“Este espaço era uma sala de espera masculina”, disse Josh Shirrefman, que nos mostrou o local. Ele é o CEO de uma subsidiária da Ford chamada Michigan Central. A empresa irá operar a estação e transformá-la no que se espera ser um centro de mobilidade de alta tecnologia.
“Este espaço aqui no Salão Principal deve ser literalmente um dos espaços mais iluminados deste país”, disse ele.
Embora seja gloriosa agora, a estação esteve deserta e em ruínas desde a década de 1980 até cinco anos atrás. A subsidiária da Ford supostamente passou por uma reforma de quase US$ 1 bilhão na esperança de que sua história, beleza e proximidade com as três principais montadoras de Detroit atraiam startups de tecnologia para se instalarem aqui.
“O objetivo da inovação, de abrir novos caminhos e impulsionar novas ideias, nunca desapareceu. E o objetivo aqui na Michigan Central, onde você está agora, é criar um centro que lidere o mundo. disse.
Uma prova de conceito está sendo construída em frente à estação ferroviária reformada. O prédio dos Arquivos de Detroit, que também estava abandonado há décadas, também foi restaurado. Reabriu no ano passado e abriga uma incubadora para cerca de 100 startups de mobilidade de alta tecnologia, incluindo a ESSPI.
“Sou ex-bombeiro de Detroit e professor de escola pública”, disse o CEO Ron Butler.
Butler está sentado em seu escritório cercado por gadgets, ferramentas e protótipos. “Este é um cobertor inteligente e pensante.”
Ele está mostrando um protótipo de uma manta de fibra de vidro que pode cobrir carros elétricos e detectar falhas na bateria antes que ela exploda.
“Não há lugar igual. O que quer que quiséssemos fazer, construímos e testamos nossas próprias placas eletrônicas aqui, e cobertores especiais contra incêndio foram costurados no andar de baixo”, disse Butler.
Este tipo de sinergia é muito importante para as chamadas empresas de tecnologia dura que se concentram na construção de coisas físicas.
“Nossas margens de lucro sempre foram muito pequenas. Somos basicamente caras pobres tentando fazer alguma coisa. E esta localização nos permite fazer isso”, disse Butler.
Esse é o grande ponto de venda.
Ainda há trabalho a ser feito. O campus é cercado por bairros que ainda lutam para se recuperar de décadas de declínio. A esperança é que Michigan Central possa se tornar a âncora de um renascimento tecnológico.
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