luz verde. CIM Alto Minho disse que este modelo de transporte e concurso foi aprovado por 10 municípios
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Altominho (CIM) disse quarta-feira que os 10 municípios que integram a organização aprovaram por unanimidade a criação de um modelo de gestão e de concorrência internacional para concessões de transporte de passageiros.
“A autarquia da CIM votou por unanimidade pela aprovação da criação deste modelo de gestão e do concurso internacional de concessões de transporte de passageiros (SPTP) em 10 municípios”, afirmou Manoel Batista, também presidente da Câmara de Melgaço, em comunicado à Lusa.
O responsável disse ainda esta semana que um recurso da CIM contra a objecção de uma empresa à licitação de transporte foi interposto em tribunal “em nome de todos os autarcas” e que a CIM está a preparar outro recurso contra a objecção de outra empresa.
“Devemos agora dar lugar à justiça e ao controle, mas a crença dos prefeitos e da CIM é que a competição continuará até o fim”, disse Manoel Batista.
O concurso internacional, lançado pela CIM do Alto Minho em novembro de 2023 para serviços públicos de transporte de passageiros (SPTP) em 10 municípios, foi alvo de reclamações.
A operadora Nex Continental Holdings (vulgarmente conhecida como Arsa) venceu o segundo concurso para o serviço público de transporte de passageiros com duração de quatro anos, por 21,6 milhões de euros. O Grupo Avic e a Transdev contestaram o procedimento no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto.
A afirmação de Manoel Batista (PS) foi ecoada pelo presidente da Câmara de Ponte de Lima, Dr. Vasco Ferraz (CDS-PP), que afirmou que a CIM vai centralizar a responsabilidade do sector dos transportes em 10 municípios da região, o que está atualmente dividido em 11. Foi emitido após insistir que deveria ser feito. autoridades.
“O processo de delegação de competências de transferência para a câmara precisa de ser reinstaurado e devolvido à CIM do Alto Minho”, disse Ferraz à agência Lusa.
Isto faria com que a região tivesse um “sujeito único e exclusivo” para a região, “semelhante ao que acontece em todos os distritos do país, exceto nas áreas metropolitanas”.
“Os autarcas deveriam voltar a reunir todas as competências na CIM do Alto Minho, e não nas 11 autoridades de transportes. Num distrito da dimensão de Viana do Castelo, deveria ser colocada em prática esta divisão de competências. Não há distrito onde haja”, afirmou.
O prefeito disse que a gestão do tráfego por uma única entidade “promoveria os interesses da rede de transporte” no distrito.
“Os concursos públicos também se tornarão mais atrativos para as empresas de transporte que já operam na zona de Viana do Castelo e podem competir em consórcios”, argumentou.
Vasco Ferras disse que o concurso internacional lançado pela CIM do Alto Minho em novembro de 2023 para o Serviço Público de Transporte de Passageiros (SPTP) de 10 municípios “vai falhar novamente” porque foi “objeto de reclamações que me preocupam”.
A opinião do autarca é que “o concurso vai fracassar”, ainda que os juristas da CIM do Alto Minho entendam que “o processo pode ser defendido judicialmente”.
“Se conseguirem fazer isso, melhor. Se não conseguirem, pode não ser a melhor opção neste momento, mas poderá ser a melhor opção a longo prazo. A verdade “O problema é que ninguém sabe como para gerir a concorrência que dá origem aos 11 contratos, e que os 11 contratos sejam administrados de forma independente e que em algum momento só o autarca possa decidir abandoná-los”, disse.

