A investigação foi iniciada após a recepção de uma carta anónima dirigida ao autarca e ao circuito de Vila Real.
Segundo responsáveis da Procuradoria-Geral da República (PGR), o Ministério Público iniciou uma investigação depois de receber uma denúncia anónima dirigida a responsáveis políticos e administrativos do Tribunal de Vila Real e do Tribunal Internacional de Recurso.
“Confirmamos a recepção da referida denúncia anónima que foi reencaminhada para o Ministério Público (MP) de Vila Real, onde foi efectuada uma investigação”, afirmou a PGR em resposta a um pedido de esclarecimentos da agência Lusa.
Na quarta-feira, a cidade de Vila Real anunciou que apresentou queixa a deputados contra pessoas não identificadas por uma carta anónima “cheia de acusações falsas e fantasiosas” dirigida à organização do Tribunal do Círculo Internacional a partir de 2024. Funciona de sexta a sexta.
Poucos dias antes do evento, uma nova carta anônima circulou por toda a cidade, dirigida a autoridades políticas e administrativas da cidade e a outros cidadãos envolvidos em organizações de automobilismo.
Em resposta, as autoridades, lideradas pelo socialista Luís Santos, emitiram um comunicado qualificando a carta de “desprezível, cheia de acusações falsas e fantasiosas” contra as pessoas que foram objecto das últimas acusações. honra'' de Ao Procurador Geral da República.
“Este [o circuito] Este é o tema de uma nova carta anónima, que mostra claramente que tudo está ao serviço do ganho político, e inclui até um ataque a uma das marcas mais importantes do nosso concelho. “Os habituais têm um claro desrespeito pelas pessoas e famílias e, sob o pretexto do desprezível anonimato, inventam histórias e factos dignos de enredos melodramáticos”, afirmou a autarquia.
A denúncia anónima alude a um esquema corrupto, apontando para trabalhos realizados por acordo directo, alguns “sem qualquer supervisão prévia à adjudicação”, e chama também a Associação Internacional de Promotores de Circuito de “associação fantasma”.
A cidade disse ainda que não responde a “invenções fantasiosas simplesmente porque não correspondem à realidade” e acrescentou que “não é por acaso que estas cartas anónimas aparecem sempre em momentos políticos importantes”.
“Na verdade, às campanhas nas redes sociais, aos artigos de opinião nos jornais e a outras intervenções mais ou menos públicas juntam-se cartas anónimas, mas o propósito é sempre o mesmo”, sublinhou ainda.
A Câmara expressou a sua “profunda rejeição desta forma vil de governo” e disse que continuaria a apresentar acusações contra pessoas não identificadas no Congresso como antes.
Em janeiro, foi também apresentada queixa contra o parlamentar na sequência de outra carta anónima dirigida sobretudo a Rui Santos.
Na altura, a PGR confirmou também ter recebido uma denúncia anónima remetida ao Ministério Público de Vila Real, onde foi realizada uma investigação.
Relativamente a esta investigação, a PGR informou à Lusa que a investigação “prossegue com segredo de justiça”.
Depois de um longo hiato, o regresso do automobilismo ao circuito foi uma promessa de campanha feita pelo socialista Rui Santos quando concorreu pela primeira vez à Câmara Municipal de Vila Real, em 2013, e foi cumprida em 2014.
O circuito será realizado nas ruas da cidade e já estão em andamento os preparativos finais para o evento.

