A direção dos Condomínios Stop Shopping Center anunciou que vai repor o horário de atendimento aos músicos para as 10h00 até às 24h00, depois de a Câmara Municipal ter anunciado, na terça-feira, que os Sapadres do Porto vão encerrar ali as atuações.
Num comunicado obtido sexta-feira pela Lusa, os gestores do complexo de apartamentos reagiram à decisão do presidente da Câmara Rui Moreira, que afirmou que os sapadores partiriam a partir de segunda-feira em resultado da fiscalização. Condições de segurança.
“Face aos factos divulgados pelo Presidente da Câmara (…) entendemos que está em curso a revogação da condição incondicional de utilização (…) restabelecendo a utilização do edifício na sua forma legalmente estabelecida, correspondendo sempre ao horário definido de utilização (definida como abertura às 10h00 e encerramento às 24h00 todos os dias)”, lê-se no documento.
Neste contexto, a administração esclarece que “as medidas preparatórias serão realizadas de acordo com os procedimentos de segurança e controlo de acessos” e permitirão, portanto, o acesso à parte “das 00h00 às 09h59”.
O documento prossegue dizendo que este acesso será “restrito ao uso próprio do inquilino (na lista de permissão)” e que “não serão permitidas atividades comerciais ou entretenimento público” durante este período. ”.
Para aceder às atas solicitadas pelas autoridades administrativas, os músicos deverão obter autorização escrita do titular e notificar previamente o titular dessa necessidade por e-mail, especificando o seu nome e número do cartão de cidadão.
Os extintores, a rede armada de combate a incêndios, a formação dos utilizadores do espaço e o alerta direto dos bombeiros de Sapadres passam a fazer parte do sistema de segurança do centro comercial.
A maior parte dos trechos da parada, que opera principalmente salas de ensaio e estúdios, foram fechados em 18 de julho de 2023, deixando cerca de 500 artistas e lojistas presos. O centro comercial reabriu no dia 4 de agosto, com corpos dos Bombeiros do Porto à espera à entrada.
Apesar das medidas excepcionais tomadas, a questão da porta de segurança permaneceu sem solução e teria sido lacrada pelo proprietário do terreno atrás da parada, gerando uma ação judicial.
Caso a ação judicial não resulte na abertura dos portões, é possível eliminar o uso de uma ou duas lojas voltadas para a rua principal e ali instalar saídas de emergência.
A presença permanente de um carro de bombeiros à entrada foi uma solução encontrada na sequência de um acordo entre os músicos e a Câmara Municipal do Porto, que permitiu que a paragem funcionasse 12 horas por dia.

