Vila Real quer classificar como património imaterial uma das maiores festas do concelho
A Câmara Municipal de Vila Real quer inscrever a procissão do Bom Jesus do Calvário, uma das maiores expressões de fé do concelho, no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI), de forma a proteger tradições que remontam ao século XIX. século, eu acredito.
“Estamos a trabalhar na inscrição da Procissão do Bom Jesus do Calvário no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial Na elaboração do Plano Estratégico Cultural da Cidade de Vila Real 2030, centrámo-nos nisso e pretendemos fazer a melhor abordagem possível. [de o fazer] Trata-se de identificá-lo, estudá-lo e, se possível, registá-lo no INPCI”, afirmou Mara Minhava, da Câmara dos Deputados da Cultura de Vila Real, em conferência de imprensa.
A procissão do Bom Jesus do Calvário é uma das maiores manifestações de fé na cidade de Vila Real, e as suas origens remontam ao século XIX.
Segundo Vitor Nogueira, coordenador do projeto de candidatura, as suas origens estão diretamente relacionadas com os problemas que afetavam a região fronteiriça do Douro na altura: “desastres” relacionados com pragas e finanças.
“Curiosamente, ao contrário da maioria das procissões e manifestações religiosas desta natureza, sabemos quando surgiu esta procissão e porque surgiu esta procissão. Nessa altura, a região do Douro vivia os primeiros conflitos provocados pelo surgimento da região do Douro; . [fungo] Pedimos proteção divina contra este desastre”, explicou o historiador.
A procissão voltou a repetir-se 30 anos depois, crescendo em força e escala e hoje estendendo-se para além dos limites da cidade de Vila Real.
“No próprio contexto da região fronteiriça do Douro, muitas procissões penitenciais desapareceram, mas a procissão do Bom Jesus do Calvário ainda mantém essas características, como a inclusão de muitos fiéis descalços na procissão que ainda consigo ver”, disse. declarado. .
Vitor Nogueira está a colaborar com a comunidade local e franciscanos seculares para reunir as características que “tornam este evento único e verdadeiramente importante” com o objetivo de obter uma inscrição preferencial no INPCI.
Isto serve “não só para reconhecer formalmente o valor cultural e histórico desta tradição, mas também para fornecer proteção legal para ajudar a preservar e promover esta expressão cultural e religiosa para as gerações futuras”, disse o presidente da Câmara de Vila Real, Luís Santos.
No âmbito do Inquérito Nacional ao Património Cultural Imaterial (PCI) 2022, a Câmara Municipal de Vila Real já inaugurou a Estátua da Senhora da Pena, a Procissão do Bom Jesus do Calvário, a Tradição de Santa Luzia, o Atum de San Blas em a zona rural de Maraón e Alvan. Este último colabora com os municípios de Santa Marta de Penagian e Amarante e com a Associação do Arquivo de Memórias.
Mara Minhava disse que a decisão se deveu ao facto de a cidade de Vila Real “ter um património muito rico e vasto do ponto de vista histórico e humano, que necessita de ser classificado para poder ser protegido”. o fato de que “estou ciente disso”.
O responsável acrescentou ainda que não houve “resposta final” à candidatura a património imaterial do andaime gigante da Senhora da Pena, que foi submetida à Direção-Geral do Património Cultural em novembro de 2023, por estar “em avaliação”.

