A causa de uma falha de sistema da Microsoft que afetou empresas de todo o mundo, incluindo Portugal, foi identificada e está a ser corrigida, anunciou esta sexta-feira a organização norte-americana de cibersegurança CrowdStrike.
“Este não é um incidente de segurança ou um ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implementada”, disse o chefe da CrowdStrike, George Kurtz, nas redes sociais, citado pela Agence France-Presse (AFP).
Kurtz disse que a CrowdStrike está “trabalhando ativamente com clientes afetados pelas falhas encontradas em uma atualização de conteúdo para usuários do Windows”.
Os sistemas Mac e Linux não foram afetados, disse a empresa em comunicado publicado online.
A atualização continha um erro que causou uma falha no Azure, a plataforma de computação em nuvem criada pela Microsoft para construir, testar, implementar e gerir aplicações e serviços utilizando infraestrutura global, explicaram os engenheiros à agência espanhola EFE.
A falha fez com que os sistemas parassem de funcionar e fizesse com que telas azuis ou “telas da morte” aparecessem ao redor do mundo, indicando que o servidor precisava ser reiniciado.
De acordo com a AFP, as ações do CrowdStrike Group caíram cerca de 20% antes da abertura da Bolsa de Valores de Nova York, enquanto as ações da Microsoft caíram 3%.
Depois de muitas notícias sobre problemas em todo o mundo, desde os aeroportos australianos até à abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, surgiu a notícia de que o sistema está a ser restaurado.
Um dos setores mais afetados foi o transporte aéreo, com voos atrasados na Austrália, Hong Kong, Índia, Singapura, Quénia, Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Áustria, Países Baixos, Hungria, Irlanda, França, Espanha e Portugal.
A falha informática afetou o transporte terrestre, bem como os operadores ferroviários britânicos e os táxis australianos, segundo um resumo global da agência de notícias AFP.
Também ocorreram problemas no transporte marítimo, incluindo no terminal de contentores polaco em Gdańsk, que serve o Mar Báltico.
Outros setores afetados foram os mercados financeiros e os bancos, bem como os prestadores de serviços de televisão e as redes sociais, com canais como o britânico Sky News e o francês TF1 interrompidos.

