Embora o número de trabalhadores estrangeiros em Portugal esteja a aumentar, atingindo 495 mil em 2023, estes ainda enfrentam algumas dificuldades de integração no mercado de trabalho.
De acordo com o Boletim Económico do Banco de Portugal (BdP) de junho de 2024, o número de trabalhadores estrangeiros “aumentou significativamente”. O número de trabalhadores estrangeiros passará de 55,6 mil em 2014 para 495,2 mil em 2023, correspondendo a 2,1% e 13,4% da população nacional. Número total de funcionários para cada um desses anos.
Entre os trabalhadores estrangeiros, destacam-se os cidadãos brasileiros, com 209,4 mil pessoas inscritas na segurança social em 2023, o equivalente a 42,3% dos trabalhadores estrangeiros inscritos.
“As próximas quatro nacionalidades com maior número de trabalhadores registados são a indiana (41,0 mil), nepalesa (26,9 mil), cabo-verdiana (22,7 mil) e bengali (18,8 mil)”, afirmou o BdP. representará 22,1% do número total de funcionários estrangeiros em 2023.''
Relativamente ao ramo de atividade, a mesma análise revelou que, em 2023, “cerca de metade dos trabalhadores estrangeiros estavam empregados em empresas dos setores de atividades administrativas, alojamento e restauração e construção”.
Na perspetiva do impacto por setor, gostaríamos de chamar a atenção para a agricultura e pescas, onde “4 em cada 10 colaboradores serão estrangeiros até 2023'' nas cidades do Alentejo e da Beira Baixa.
Face a este cenário, os governos tomaram medidas regulatórias e de apoio. Entretanto, o país apresentou um plano de acção de imigração que visa a “imigração regulamentada”. Isto significa alterar o regime jurídico relativo à entrada e permanência de estrangeiros em território nacional e cancelar as autorizações de residência com base na manifestação de interesse apresentada pelos imigrantes.
O Plano de Ação para a Migração, aprovado em Conselho de Ministros em 3 de junho, afirma que “o fim do sistema de exceções que agora permite a entrada sem regras e abole o procedimento de designação de manifestações de interesse, é considerado uma “porta aberta e fonte”. da imigração.” A maioria das preocupações.”
Deixará de ser possível aos estrangeiros com visto de turista regularizar a sua situação em Portugal, sendo necessário um contrato de trabalho ou outra solução previamente gerida pela rede consular portuguesa.
Entretanto, face a algumas dificuldades identificadas na obtenção de trabalho, o governo aprovou no início de Agosto diversas medidas destinadas a promover o emprego dos imigrantes.
Em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, María do Rosário Palma Ramalho, sublinhou que embora a taxa de desemprego no país tenha sido de 6,1%, foram identificadas “algumas reviravoltas” que manifestaram respeito pela sua declaração. Desempregados jovens e qualificados e desempregados imigrantes.
O Governo procedeu assim à criação de uma rede de parceiros, coordenada pela Associação de Emprego e Formação Profissional, para reforçar a integração dos migrantes que não conseguem encontrar trabalho ou que perderam o vínculo laboral.
Os imigrantes inscritos nos centros de emprego como desempregados ou à procura de trabalho também receberão “apoio individual de tutores, bem como formação e cursos de língua portuguesa”.
Além disso, o objectivo de aumentar o número de adidos de embaixadas é promover o recrutamento de trabalhadores estrangeiros, comunicar com empresas que pretendam contratar trabalhadores estrangeiros e orientar os trabalhadores estrangeiros que pretendam vir trabalhar no Japão – mas “dentro dos regulamentos”.

