A agência noticiosa Efe informou que o Conselho de Segurança deverá discutir a “admissão de novos Estados-membros” na segunda-feira, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, também deverá ler esta semana uma carta formal apresentada pela missão diplomática palestiniana.
A Palestina é considerada um “Estado observador” das Nações Unidas desde 2012, um estatuto partilhado apenas pelo Vaticano, mas há um ano solicitou adesão como Estado-membro de pleno direito.
Um pedido de adesão plena foi feito em 2011, mas permaneceu em espera porque o Conselho de Segurança não conseguiu chegar a um acordo sobre uma decisão formal.
Na altura, os Estados Unidos manifestaram o seu apoio a uma solução de dois Estados, mas anunciaram a sua intenção de vetá-la caso alcançasse a maioria9.
Esta semana, 120 dos 193 Estados membros das Nações Unidas comprometeram-se a apoiar a adesão plena da Palestina às Nações Unidas.
Os 120 países, representando três grupos (Árabes, Islâmicos e Estados Não Alinhados), redigiram uma carta conjunta a ser enviada aos vários órgãos das Nações Unidas que participam neste processo (Secretário-Geral, Conselho de Segurança, Assembleia Geral). Criada.
Na carta, os 120 signatários apoiavam o reinício do processo iniciado em 2011, o dia em que a Palestina solicitou pela primeira vez a adesão às Nações Unidas, e que o Conselho de Segurança prosseguisse com o pedido à Assembleia Geral.
Os signatários lembram também que 140 países em todo o mundo já reconhecem o Estado palestiniano.
De acordo com os regulamentos da ONU, o Conselho de Segurança deve estabelecer um comité completo de 15 membros para considerar os pedidos de adesão e preparar um relatório.
Caso não seja aprovado, o pedido será submetido a votação na Assembleia Geral da ONU e devolvido ao Conselho de Segurança para apreciação, informou este sábado a agência de notícias Efe.
Para que o pedido seja aprovado, nove dos 15 membros do Conselho de Segurança devem votar a favor, e os membros permanentes não podem vetá-lo.

