“Meu filho precisa desse papel.” Pais se opõem ao uso de manuais digitais
Uma petição para acabar com o projeto-piloto de livros escolares nas escolas já foi entregue na passada sexta-feira no Parlamento da República. Recebeu mais de 2.000 assinaturas e será apreciado pela comissão de educação do conselho.
Tal como acontece em algumas escolas da zona do Porto, a opinião dos educadores está largamente dividida sobre este tema, pois a maioria não concorda com a introdução do digital, especialmente durante o período do ensino básico, quando a utilização de livros é essencial. , eles dizem.
“Vivemos numa era muito digital, onde rapazes e raparigas rapidamente se habituam à tecnologia e perdem o prazer essencial de folhear um livro.”
“Tem que ser feito de forma controlada para que não haja sobreexposição e não haja efeitos contraproducentes”, afirmam Raquel Madureira e Nuno Moura, diretores do ensino básico infantil.
O Ministério da Educação decidiu implementar um projeto de substituição dos livros escolares em papel por livros digitais, a partir de fases a partir de 2020/2021. O programa é voluntário e está disponível para um número crescente de instituições, com 23.159 alunos do 3.º ao 12.º ano em cerca de 160 escolas de todo o país este ano, segundo dados fornecidos à Lusa pelas organizações de pais.
No entanto, alguns pais e professores opõem-se ao plano e pedem o seu cancelamento. Há três meses, Catalina Prado e Castro lançou uma petição intitulada “Contra a digitalização excessiva da educação e a proliferação de manuais escolares digitais: uma petição pública (peticaopublica.com)”, que conta actualmente com 2.219 membros.
A petição defende que os livros em papel são um “recurso mais saudável e eficaz para todas as crianças” e que as crianças e os adolescentes já passam demasiado tempo em frente aos ecrãs. projeto piloto” do manual digital. Isso terá um efeito negativo na sua saúde.

