Suspeitos de tráfico de drogas e violência doméstica são libertados após greve de oficiais de justiça
Mais cinco detidos foram hoje libertados depois de ultrapassado o prazo para apresentação de inquéritos judiciais devido a uma greve dos trabalhadores judiciais, informou o Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ).
Segundo o SFJ, os detentos em questão são suspeitos de tráfico de drogas e crimes de violência doméstica.
O sindicato já tinha anunciado na quarta-feira que uma greve de agentes da lei resultou na libertação de 12 detidos envolvidos em casos de homicídio, violência doméstica e tráfico de droga.
Nesse dia, o SFJ acusou o Ministro da Justiça de culpar os sindicatos pelo incumprimento dos prazos de apresentação dos detidos para interrogatório devido à “total incompetência” das autoridades judiciárias.
“O feriado de 25 de Abril foi imprensado entre duas greves com serviços mínimos e detidos completando 48 horas durante estes três dias. [quarta, quinta e sexta-feira] O tempo está se esgotando antes do seu turno de sábado de manhã no Tribunal Central de Orientação Criminal. ” [também conhecido como Ticão]disse à Lusa um dirigente sindical.
Num comunicado enviado à comunicação social no mesmo dia sobre a falta de serviços mínimos, o Ministério da Justiça (MJ) afirmou que o aviso de greve não especificava que a greve começaria e terminaria em 20 de dezembro de 2023. Disse que tomou responsabilidade pelo sindicato. Foi exibido na quarta-feira, 26 de abril, e na manhã de sexta-feira.
MJ acrescentou que, na falta desta indicação, a Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) solicitou ao Tribunal Arbitral a determinação do serviço mínimo, mas este decidiu não o fazer, tendo a DGAJ recurso para o Tribunal da Relação de Lisboa. . Foi “arquivado em 29 de dezembro de 2023 e encontra-se em tramitação urgente” e ainda aguarda decisão.
No entanto, o presidente do SFJ, António Marsal, disse à Lusa que a falta de serviço mínimo nos dias próximos do 25 de Abril foi resultado de “pura incompetência” por parte da DGAJ, e que a falta de serviço mínimo “não conseguimos fundamentar suficientemente o nosso pedido”. .” Enviado para a Universidade de Arbitragem.
O senhor Marsal solicitou que na situação anterior, onde estavam previstas greves para períodos que incluíssem, por exemplo, feriados municipais, a DGAJ tivesse isso em conta e fixasse limites mínimos de atendimento para serviços no âmbito dos feriados municipais. feito. Garantido.
“A situação específica é [do feriado do 25 de Abril] Não foi levantado pela DGAJ. “Ao querer colocar a culpa nos sindicatos, o ministro está a seguir um mau caminho”, disse Marsal, acrescentando que não houve comunicação das autoridades de supervisão com os sindicatos numa “tentativa de rectificar a situação”. adicionado.

