APDL esclarece que retirar vendedores do Cais da Ribeira “nunca foi um problema”
A Autoridade Portuária do Douro, Reixões e Viana do Castelo (APDL) esclareceu esta quarta-feira que a “retirada” dos vendedores ambulantes da zona ribeirinha do Porto “nunca é um problema”, depois de pedir à Junta de Freguesia o cancelamento dos seus alvarás.
“A retirada do comércio ambulante das margens do rio Porto nunca foi um problema, tanto mais que esta questão é da competência da Câmara Municipal. [do Porto]No entanto, isto serve apenas para garantir um enquadramento legal para a ocupação do domínio público”, explicou a APDL em comunicado enviado à Lusa.
Numa reunião pública extraordinária de executivos municipais esta manhã, o presidente da Câmara do Porto garantiu que os vendedores ambulantes poderão continuar a operar junto ao rio, apesar do pedido da APDL, numa carta à junta de freguesia, para cancelarem as suas licenças.
“Tivemos conhecimento desta carta que a APDL enviou à União de Freguesias do Centro Histórico do Porto. [a pedir o cancelamento das licenças] E quero dizer às pessoas e tranquilizá-las que a APDL não tem razão”, afirmou o independente Rui Moreira em resposta a uma pergunta do deputado do BE, Sérgio Aires.
O interrogador interrogava Rui Moreira na sequência da notícia publicada quarta-feira pelo Jornal de Noticias (JN) de que “APDL quer retirar vendedores ambulantes da zona ribeirinha do Porto”.
“Reiteramos a necessidade de cancelamento dos títulos de habite-se emitidos pelos vendedores ambulantes e ambulantes”, lê-se numa carta da APDL à Associação de Freguesias do Centro Histórico do Porto, a que a Lusa teve quarta-feira acesso.
Segundo o autarca, a posição da APDL é o resultado “da tenacidade de uma executiva determinada a fazer a guerra no plenário”.
Face a isto, e no comunicado, a APDL sublinhou que mantém “boas relações institucionais com a Câmara Municipal do Porto”.
“Trabalharemos com os governos locais para encontrar a melhor solução para resolver fundamentalmente este problema”, imaginou.

