BE lamenta ‘dia triste para a democracia’ depois de deputado do Chega ser eleito deputado da AR
O BE acusa Pacheco de Amorim, natural do Chega, de aderir a uma “organização terrorista contrária ao 25 de Abril” e considera esta quarta-feira um “dia triste para a democracia”, apelando ao vice-presidente do parlamento eleito.
“Se hoje temos um vice-presidente assim no parlamento é porque depois de toda a agitação que o PSD causou, o acordo que dizíamos existir já não existe, e depois de todo o impasse político chegámos a acordo com o PS”. Votei no vice-presidente do Parlamento da República do Chega”, afirmou, numa declaração aos jornalistas no parlamento, criticando a líder do BE, Mariana Mortágua.
Mariana Mortágua disse que mesmo que não fosse o voto do BE, o Congresso não permitiria que o vice-presidente fosse membro e participasse numa organização terrorista que se opôs ao 25 de Abril e à democracia que este país conquistou há 50 anos”. foi selecionado, ele se arrependeu.
“Este é um dia triste para a democracia e devemos estar atentos à oposição do bloco de esquerda”, disse ele.
O líder do BE criticou o acordo entre PS e PSD, que permitiu ultrapassar o impasse que antecedeu as eleições presidenciais parlamentares, por não resolver “dois problemas políticos”.
“Atualmente, no Parlamento da República temos um vice-líder do partido Chega, e temos um vice-presidente que, tal como outros deputados deste Parlamento, tem formação política, mas é provavelmente o único com formação política. como pano de fundo que “eles estão usando organizações terroristas que sempre realizaram ataques militares contra as democracias”, ele começou com uma crítica.
Outro aspecto não resolvido por este acordo entre os dois grandes partidos são “os problemas políticos que existem neste país”, acrescentou Mortágua.
“A extrema-direita não consegue garantir a estabilidade e as soluções institucionais e políticas neste país e fica refém da extrema-direita, que procura usar as instituições democráticas como ferramenta na sua luta política e partidária em curso, sem qualquer respeito por elas”. Eles têm o direito de insultar, degradar e obstruir essas instituições, o Congresso”, lamentou.
Os vice-presidentes do Chega e da IL, Diogo Pacheco de Amorim e Rodrigo Saraiba, falaram cada um com os jornalistas e manifestaram satisfação com as eleições, sublinhando que a normalidade regressou ao parlamento da república.
Pacheco de Amorin disse que sua eleição “corrigiu as distorções que existiam”.
“Nos últimos anos, sentimos uma deterioração do ambiente no nosso sistema político e precisávamos de enviar um sinal de que precisamos de restaurar a normalidade democrática em Portugal”, disse Rodrigo Saraiva.
Os deputados Teresa Morais (PSD), Marcos Perestrello (PS), Diogo Pacheco de Amorim (Chega) e Rodrigo Saraiva (IL) foram hoje eleitos vice-presidentes do Conselho do Parlamento da República.
A deputada Teresa Morais, eleita por Setúbal e nomeada pelo PSD, obteve 140 votos a favor, 86 votos em branco e 1 voto nulo.
O ex-presidente da Comissão de Defesa Marcos Perestrello, eleito pelo Círculo de Lisboa da Lista do PS, obteve 169 votos a favor, 57 brancos e 1 voto nulo.
Diogo Pacheco de Amorim, depois de perder a eleição no último Congresso, foi hoje eleito Vice-Presidente do Congresso da República com 129 votos a favor, 97 brancos e 1 voto nulo.
O ex-líder parlamentar da IL Rodrigo Saraiva obteve 144 votos a favor, 82 votos em branco e 1 voto nulo.

