O Congresso aprovou esta quarta-feira, em votação final global, o projeto do PS, que baixa a taxa de IRS para o 6.º escalão de rendimentos, e os projetos do PSD e CDS-PP, que atualizam esse escalão.
Depois de um processo técnico tumultuado, o documento final do PS foi aprovado com votos negativos do PSD e CDS-PP (partidos pró-governo), uma abstenção do Chega, e votos sim dos restantes partidos.
Os socialistas conseguiram a aprovação de um novo calendário do IRS em que as taxas de imposto aplicáveis às diversas categorias ficarão entre 0,25 e 1,5 pontos percentuais face à taxa de imposto atualmente em vigor. E nos loteamentos essa nova redução se soma à já em vigor. Orçamento do Estado 2024 (OE2024).
Portanto, as proporções do nível 1 e do nível 2 diminuem de 13,25% para 13% e de 18% para 16,5%, respectivamente. A terceira etapa reduzirá de 23% para 22% e a quarta etapa reduzirá de 26% para 25%.
No quinto e sexto escalões, onde as taxas de juro actuais são de 32,75% e 37%, as taxas de juro descem para 32% e 35,5%, respectivamente.
Nos restantes níveis, contrariamente à proposta original do governo e ao que PSD e CDS-PP defenderam nos seus documentos de substituição, não há margem para baixar taxas.
As novas taxas de imposto entrarão em vigor este ano e serão refletidas nos novos calendários de retenção na fonte do IRS, pelo que o impacto será sentido nos bolsos dos trabalhadores e pensionistas este ano.
As alterações ao IRS hoje aprovadas incluem também propostas do PSD e do CDS-PP, um documento de substituição na sequência da proposta legislativa do governo, para atualizar os limites dos escalões de rendimento. Tem em conta a inflação e o crescimento económico calculados no terceiro trimestre do ano anterior à entrada em vigor da Lei do Orçamento do Estado.
O projeto de lei foi aprovado, com o Libre a votar contra, o Chega, o PCP e o BE a absterem-se e os restantes a votarem a favor.
Foi também aprovada uma medida que prevê que o governo avalie até que ponto são estendidas as deduções de juros das dívidas contraídas no âmbito de contratos de crédito à habitação, estando também incluída na proposta assinada pela Coligação AD.
Como já se viu na votação em comissão, os deputados também receberam o apoio do bloco de esquerda, que insistiu na renovação de algumas deduções aos rendimentos do trabalho e às pensões (que estão “congeladas” em 4.104 euros há vários anos). proposta. Taxa de atualização do Índice de Apoios Sociais (IAS).
A votação de hoje aprovou também um aumento da presença mínima. Esta é uma medida inserida no projeto do PS e também incluída nas medidas apresentadas pelo PSD e CDS-PP.

