As denúncias de violência doméstica recebidas pela PSP aumentaram 1,8% no primeiro semestre deste ano face ao mesmo período de 2023, atingindo um total de 7.706, tendo sido detidas 460 pessoas, disseram hoje as forças de segurança.
No balanço do primeiro semestre deste ano sobre ‘Prevenir e combater o flagelo da violência doméstica’, a PSP referiu que foram vítimas deste crime 8.246 pessoas, das quais 5.107 eram mulheres e 3.139 eram homens. Eles são os mais afetados por esse tipo de violência. ”
Em relação aos perpetradores, dos 10.984 denunciados no mesmo período, 2.371 eram mulheres e 8.613 eram homens.
Segundo os dados, a PSP realizou 460 detenções entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2024, das quais 298 em flagrante e 162 em flagrante devido à emissão de mandado de detenção.
No relatório divulgado em comunicado, a PSP destaca que 431 dos suspeitos detidos eram do sexo masculino e 29 do sexo feminino.
Em 2023, a PSP registou 15.499 denúncias de crimes de violência doméstica e deteve 971 suspeitos, dos quais 903 eram do sexo masculino e 68 do sexo feminino. Destas detenções, 612 foram apanhadas em flagrante e 359 não estavam em flagrante.
“Para aumentar a vigilância das vítimas deste crime e proporcionar-lhes todo o apoio e privacidade de que necessitam num momento de grande vulnerabilidade”, a PSP criou uma Estrutura Policial de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, com um total de 19 unidades. em toda a sede na região metropolitana. Comandos Regionais do Porto (primeiro criado), Lisboa, Madeira, Castelo Branco, Évora, Portalegre, Setúbal e Viseu.
Das 15.499 reclamações registadas em 2023, mais de metade foram recebidas por estas organizações profissionais.
A PSP sublinha que “as vítimas, testemunhas e outros interessados denunciam cada vez mais crimes deste tipo” e que este facto “para reduzir o número de crimes que não são denunciados…) é extremamente importante.
“As pessoas estão cada vez mais conscientes deste crime, o que permite à PSP compreender mais rapidamente as situações de violência e ajudar as vítimas numa fase mais precoce”, afirma.
A PSP sublinha que a violência nas relações amorosas pode envolver dimensões físicas, psicológicas/emocionais, sociais, sexuais e económicas, e afirma que pode incluir “insultar, ameaçar, ofender, agredir, humilhar, etc., perseguição ou violação de direitos”. intimidade são formas dessa violência.''
“Ainda existem comportamentos que levam a situações de violência, especialmente entre casais jovens”, disse, acrescentando: “É inaceitável que um parceiro queira controlar a roupa da outra pessoa ou a relação ou um círculo de familiares/amigos que o rodeiam. sempre quero saber onde seu parceiro está e com quem ele está.
As autoridades recordaram que este tipo de comportamento e controlo “é um abuso, provoca grande ansiedade na vítima e não deve ser confundido com preocupação”.
A PSP alerta ainda para a necessidade de as vítimas e testemunhas denunciarem situações de violência doméstica, o que pode ser feito através do email violênciaenciadomestica@psp.pt ou na esquadra.
“Todas as situações sinalizadas são imediatamente sujeitas a uma avaliação de risco, de forma a introduzir rapidamente medidas de segurança para proteção das vítimas que sejam consideradas urgentes em cada caso concreto”, assegura.

