O Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto quer criar um centro de formação em cirurgia oncológica robótica “a médio prazo”, disse esta terça-feira esta semana o diretor do instituto, que realiza anualmente o maior número de operações oncológicas no país. . contado. .
Em entrevista à agência Lusa no âmbito das comemorações dos 50 anos do IPO do Porto, Júlio Oliveira revelou que os componentes para aquisição do primeiro robô cirúrgico “já estão prontos para concurso” e que o investimento revelou que depende apenas da aprovação do governo. Administração central.
“E isso será apenas o começo. A aquisição de mais sistemas robóticos faz parte do nosso plano de investimentos”, afirmou.
Atualmente, são realizadas anualmente entre 11.000 e 12.000 cirurgias no IPO Porto.
Segundo o relatório de 2021 da Direção-Geral da Saúde (DGS), o hospital realiza o maior número de cirurgias oncológicas do país.
No IPO do Porto foram realizadas nesse ano 8.463 cirurgias, com destaque para intervenções de mama (986), estômago (371) e cólon (341).
Juntos, os três IPOs do Porto, Lisboa e Coimbra são responsáveis por 25% das cirurgias oncológicas realizadas em Portugal.
“Não podemos tratar tudo e esta ambição também não. Precisamos de reforçar a colaboração com os cuidados de saúde primários e outros hospitais para que as empresas do IPO possam prestar os cuidados mais diferenciados”.
É com base nesta lógica de cuidados diferenciados que o IPO do Porto quer criar um centro de formação em cirurgia oncológica robótica.
“A ideia é fazer isso no médio prazo”, disse Julio Oliveira.
Deverão ser várias as indicações terapêuticas que o primeiro robô cirúrgico do IPO do Porto irá visar, tendo o robô “já desenhado programas de formação para cirurgiões em múltiplas áreas de cirurgia para o máximo benefício do seu equipamento”.
Este é um dos equipamentos médicos críticos que o IPO Porto irá receber no âmbito do Plano de Reconstrução e Resiliência (PRR) e do programa que visa a renovação do Parque Tecnológico Nacional.
O IPO Porto foi a instituição que recebeu o maior montante de financiamento, num total de 117 milhões de euros, cerca de 20 milhões de euros.
“É também a instalação com equipamentos mais pesados que chegou ao fim da vida útil e precisa ser reformada”, explicou Júlio Oliveira.
Além dos robôs, o IPO do Porto também atualizará aceleradores lineares, tomografia computadorizada (CAT), máquinas de angiografia, ressonância magnética e câmeras gama digitais.
“O objetivo é oferecer cada vez mais terapias direcionadas, tratamentos direcionados. Os tratamentos tradicionais, como a quimioterapia, continuam a desempenhar um papel muito importante, mas a tendência é fornecer terapias mais eficazes, direcionadas, mais eficazes e com menos efeitos colaterais. tendência para fornecer tratamentos personalizados e evolutivos E o mesmo se aplica a campos como a radioterapia, onde as técnicas que não danificam o tecido normal estão se tornando cada vez mais precisas.” explicou.
Para concretizar este objetivo estão em curso vários investimentos em infraestruturas no IPO do Porto, incluindo a abertura de uma nova sala na unidade de cirurgia ambulatória para realização de radioterapia intraoperatória.
Isso inclui a administração de radioterapia durante a cirurgia para reduzir a toxicidade e aumentar a eficácia.
“O IPO do Porto foi o primeiro e único centro a desenvolver radioterapia intraoperatória (…). Nesta sala temos um ambiente ideal, um ambiente mais seguro, a curto prazo teremos uma terceira sala.
O investimento nesta sala, incluindo equipamentos, foi superior a 1,7 milhões de euros.
Os trabalhos nos serviços de gastroenterologia também estão “em fase final de recertificação”.
Em risco está o cancro gástrico, ou cancro gástrico, que tem especial relevância em Portugal, particularmente na região Norte, onde a incidência desta doença neoplásica é uma das mais elevadas do mundo.
O custo de construção é de 1,3 milhões de euros e inclui cerca de 600 mil equipamentos.

