O tema não é novo, mas mesmo a dois meses das eleições europeias, o nome do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, continua a ser mencionado nos corredores políticos social-democratas. Segundo o jornal Público, o autarca voltou a ser mencionado como um dos principais candidatos da lista da AD do Parlamento Europeu, mas a sua ambição é tornar-se comissário e não membro do Parlamento Europeu.
“É verdade que Rui Moreira disse num fórum mais limitado que quer ser comissário europeu”, afirmou um responsável do PSD citado no diário. O jornal escreve que embora o independente possa nem sequer estar no topo da lista europeia em junho, poderá ser eleito comissário europeu.
O ciclo cívico do Porto está a chegar ao fim e as leis de limitação de mandatos impedem Rui Moreira de ser candidato ao Porto em 2025. Tornou-se independente em 2013.
O Sr. Moreira esteve envolvido na campanha da AD para o Congresso.
No dia 7 de janeiro, Rui Moreira participou na cerimónia de assinatura do acordo escrito da Aliança Democrática, na Alfândega, no Porto.
Questionado no domingo na secção de comentários da CNN Portugal, o autarca garantiu que não se trata de uma ajuda, mas apenas de uma presença organizativa. “Não só não expressei qualquer apoio, como está claro que não posso ocupar nenhum cargo”, disse ele na altura.
Anteriormente, o PSD tinha apontado Rui Moreira como possível candidato às eleições europeias. Porém, em outubro de 2023, o prefeito revelou que não havia recebido convite para encabeçar a lista. Rui Moreira declarou em entrevista ao jornal Público e à Rádio Renacenza que esta hipótese não foi considerada na altura. “Isso é improvável.”
Para o autarca, sair da Câmara do Porto antes do final das funções camarárias e seguir outras vias políticas seria como “trocar coisas por um prato de lentilhas”. Contudo, Moreira não fecha a porta a outras hipóteses e considera que “é perfeitamente legítimo que uma pessoa suspenda funções municipais por outros motivos”.
A sua posição na EDP foi alvo de debate
A Presidente do Conselho de Governadores e do Conselho Fiscal da EDP, Joanne Tarrone, anunciou em Janeiro que renunciaria ao seu cargo na concessionária e não poderia ingressar na organização da empresa para um novo mandato. O nome do local, proposto pelo Porto Canal, foi sugerido por Rui Moreira.
Por último, o advogado António Lobo Xavier foi eleito entre os accionistas da EDP como Presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP.

