O prédio onde mataram Gisberta Salce Jr. em 2006 desapareceu. A estrutura de concreto foi demolida e o projeto entra agora em uma nova fase. O presidente da empresa proprietária das obras do Porto Canal explicou que as obras estruturais deverão começar no segundo semestre deste ano, depois de emitida a licença de modificação do projecto.
Aniceto Viegas disse esperar que a licença seja emitida em Junho, o que permitirá avançar com um novo projecto desenhado pela Avenida para o terreno e aprovado pelo Governo.
A nova infraestrutura, um prédio de 25 andares, será construída em um terreno de 11,8 mil metros quadrados.
O futuro da habitação e dos escritórios
Quando a construção do Porto Canal avançar, em Fevereiro, o edifício da rua Fernán de Magalhães deixará de ter hotel. Este novo projeto já está sob a responsabilidade da Avenue, com trabalhos preparatórios a iniciar no final de 2023. “Havia ali um prédio muito antigo que teve que ser demolido”, destacou o CEO da Avenue.
O edifício tem 23 pisos acima do solo e 2 pisos subterrâneos. “São cerca de 25 pisos no total. Basicamente, o plano é ter habitação nos pisos superiores e escritórios nos pisos inferiores”, disse Aniceto Viegas.
A principal oferta habitacional do novo edifício da Avenida de Fernán de Magalhães será exclusivamente para pequenas unidades. “O nosso objetivo é focar em T0, T1 e T2. Mas ainda haverá T3, mas serão T1 e T2 que vão dominar”, disse Aniceto Viegas no Porto Canal, em fevereiro.
Gisberta Salce Jr.
Este terreno, a poucos metros do Campo 24 de Agosto, permanece na memória dos portuenses depois dos trágicos acontecimentos de 2006, quando já estavam a ser construídas estruturas de betão. No dia 22 de fevereiro, um grupo de jovens matou Gisberta Salce Junior, vítima de repetidas violências. Aos 45 anos, ela foi encontrada morta em um poço.
No final de Janeiro deste ano, a Câmara Municipal do Porto aprovou por unanimidade a atribuição de um arruamento a Gisberta Salce Jr., na Freguesia do Bonfim.

