A associação de pesca de Viana do Castelo Viana Pesca acusou esta sexta-feira a GNR de omitir “factos relevantes” no comunicado relativo à apreensão de 53 toneladas de carne de tubarão azul e de manchar a imagem da indústria pesqueira nacional.
“Essa afirmação está desatualizada, apesar de datada de dia 26, omite factos relevantes que mancham a imagem do setor das pescas do país e que a Administração Costeira do Porto (UCC) em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF), “, afirmou Vianapesca em comunicado à agência Lusa.
Segundo a associação, os peixes em causa foram apreendidos temporariamente para testes, mas, contrariamente às suspeitas, não foram identificadas espécies de peixes proibidas, tendo as 53 toneladas de tubarões azuis sido devolvidas ao armador para venda.
Em causa está um comunicado emitido quarta-feira pela Guarda Nacional Republicana (GNR) relativamente à apreensão de 53 toneladas de carne da espécie protegida tubarão azul no porto de Leixões.
Segundo um comunicado enviado à Agência Lusa, as Forças Territoriais do Porto da GNR capturaram o peixe, que foi apreendido por uma embarcação portuguesa ao longo do Oceano Atlântico Sul, no dia 19 de junho.
A apreensão ocorreu no âmbito de uma operação de fiscalização conjunta entre o Serviço de Proteção do Ambiente Natural (SEPNA) da GNR do Porto e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Direção Tributária e Aduaneira da Alfândega do Porto.
Contactados pela Lusa, os responsáveis da GNR no Porto afirmaram que a informação contida no comunicado é correta e, como acontece com todos os depoimentos, é publicada com base em dados do surto, mas que o “acompanhamento” da decisão administrativa foi explicado que tal foi não realizado.
“Durante o mecanismo interno de aprovação das comunicações pela Direção de Comunicações e Relações Públicas (DCRP), a autoridade administrativa, neste caso o ICNF, pode ter tomado alguma decisão que não se enquadra no disposto. a operação em que a Guarda participou”, acrescentou.
O responsável confirmou que o feriado de segunda-feira do Porto também atrasou a declaração de quarta-feira.
Ele enfatizou: “Não há costume de omitir nada e não há tratamento discriminatório”.
A cooperativa espera que “seja revelado um aspecto mais completo dos factos enquanto se aguarda a emissão/publicação de uma adenda ao comunicado inicial do Comando Territorial do Porto da GNR esclarecendo a situação”. “As expressões relevantes são medidas cautelares preocupantes e nada dizem sobre a conclusão da lei de fiscalização”, enfatiza.
Funcionários da GNR disseram que iriam perguntar à DCRP sobre quaisquer acréscimos à declaração.
A associação de pesca, que conta com mais de 560 empresas filiadas, afirmou: “Todo o pescado transportado em contentores proveniente de Cabo Verde e desembarcado no Porto de Reyxoes será sujeito a medidas provisórias ou cautelares de fiscalização devido às suspeitas levantadas pelo ICNF. foi confiscado. Pode conter espécies proibidas. ”
“A fiscalização propriamente dita foi efectuada dentro dos limites normais, utilizando medidas operacionais fornecidas pelo armador”, disse Vianapesca, acrescentando: “Todos os peixes foram fiscalizados um a um, e as espécies de peixes proibidas de serem capturadas pela embarcação portuguesa não foram identificados”, acrescentou. “Ao contrário das suspeitas iniciais levantadas”, afirma Vianapesca.
Durante a inspeção, os peixes levantaram questões sobre o cumprimento da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES) e possível corte ilegal de barbatanas.
O sindicato afirmou: “No 20º dia após a conclusão da referida fiscalização, o armador recebeu comunicação do ICNF de uma não conformidade relacionada com o corte correspondente da barbatana do tintureiro, apesar de ter sido colada. o corpo de cada tintureiro.”
“No dia 22, todos os tintureiros com um total de 53.149 quilogramas foram devolvidos aos armadores juntamente com as respectivas licenças CITES” e serão legalmente colocados no mercado e vendidos, disse Vianapesca.

