A Polícia Judiciária (PJ) desmantelou uma das principais redes de tráfico de droga no norte do país e deteve hoje sete suspeitos, incluindo o seu líder, durante uma operação antitráfico de droga na cidade do Porto.
A Esquadra do Crime afirmou em comunicado que a operação resultou em “sete detenções por crimes de associação criminosa, tráfico de droga e branqueamento de capitais, e mais de 20 buscas domiciliárias e não domiciliárias”.
“Uma investigação que durou quase um ano desmantelou uma das mais importantes redes de tráfico de droga do norte do país, que constituía a principal rede regional de venda ilegal de droga. Entre os detidos também estão os dirigentes de Pastreira. Cerco, Francos e Ramalde, uma das mais importantes redes de distribuição de cocaína na área metropolitana do Porto e os principais fornecedores do tráfico de seres humanos nas zonas vizinhas”, afirmou a PJ.
Fontes da justiça disseram anteriormente à Agência Lusa que um dos detidos é o principal suspeito e líder do grupo criminoso conhecido como “Djoka” e é antigo agente da PSP.
“Em causa estava um sindicato do crime organizado com filiais na América do Sul, responsável pela importação, transporte e distribuição de drogas ilegais. Era temido pelo uso de armas de fogo”, refere o comunicado da PJ.
Entre as diversas situações abrangidas pela investigação levada a cabo pela Direção Norte da PJ está a apreensão, no verão de 2023, pela Polícia Federal brasileira, no porto de Santos, de máquinas agrícolas que escondiam cerca de 43 quilos de cocaína. , pronto para embarque para o porto de Reixões em Matosinhos, distrito do Porto.
“Neste caso, a PJ identificou os indivíduos envolvidos na importação desta droga e os investidores que a encomendaram”, afirmou o órgão de investigação criminal.
Na operação hoje realizada, com a colaboração da PSP do Porto, foram furtados 10 automóveis de luxo, quatro lanchas, cerca de 50 mil euros em dinheiro, armas de fogo, munições e coletes à prova de bala.
Fontes da justiça disseram à Lusa que os detidos deveriam comparecer na quarta-feira, no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, à primeira audiência judicial, para serem aplicadas as medidas de coação consideradas adequadas.

