A Câmara Municipal do Porto aprovou por unanimidade a recomendação de um movimento de independência para que o governo dê aos governos locais o poder de regular as licenças de actividade económica.
Esta recomendação foi aprovada por maioria, e três membros do movimento independentista “Luis Moreira: Aqui há Porto”, Tiago Mayan, Mario Amorim López e José María Montenegro, abstiveram-se e notificaram que iriam declarar que a votação estava feita. .
O vereador Raul Almeida, falando em nome do grupo autárquico, sublinhou que se trata de uma “questão de bom senso” e congratulou-se com a aceitação de propostas por parte de outros grupos autárquicos.
“A logística nas áreas urbanas está sobrecarregada. Novas questões exigem novas respostas”, sublinhou.
Na recomendação, obtida pela Lusa, o movimento independentista dará aos municípios o poder de regular a atividade económica, bem como de conceder, fiscalizar e revogar licenças para “garantir o controlo efetivo”.
Ao mesmo tempo, defende a expansão da capacidade regulatória dos governos locais para incluir não só o comércio, a restauração e a hotelaria, mas também novas atividades turísticas.
“É importante reconhecer a dinâmica actual da economia, dos fluxos migratórios e das actividades turísticas e as mudanças significativas daí resultantes, especialmente nas áreas urbanas, e a importância de garantir a diversidade e a ordem na actividade económica. o documento diz. .
Na segunda-feira, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, alertou para a necessidade de permitir que os municípios regulem as atividades económicas que ocorrem na cidade e defendeu reformas legais para esse efeito.
Segundo o Independent, os governos locais “devem ser capazes de regular com algum grau de autoridade” a actividade económica que surge ou encerra nas suas cidades, a fim de manter a credibilidade e a diversidade dos negócios.
Isto porque sem este controlo, pensava ele, as cidades “não poderiam planear nem planear”.
Rui Moreira frisou que muitas vezes os moradores “chamam a atenção da Câmara” para os comércios que abrem e fecham, pensando que têm capacidade para intervir, mas na realidade não têm.
E neste sentido o autarca citou o exemplo da Merceria do Bolhão, que está aberta há 144 anos na baixa do Porto e que deverá encerrar na terça-feira para ser substituída por uma loja da cadeia espanhola Alehop. As pessoas ficarão furiosas com as câmeras porque pensam que possuem ferramentas que as câmeras não possuem.

