A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Rusa disse na segunda-feira que o governo português garantiu às autoridades brasileiras que continuaria a sua “política de receber os migrantes brasileiros de braços abertos”.
“Continuaremos a nossa política de receber esta comunidade de braços abertos”, disse Nuno Sampaio à Lusa, depois de se reunir esta segunda-feira em Brasília com a secretária-geral do Itamaraty e ministra interina dos Negócios Estrangeiros, Laura da Rocha.
O secretário de Estado sublinhou ainda a ideia de que a comunidade brasileira de Portugal (cerca de 400 mil habitantes) é “uma comunidade muito importante, bem integrada e muito importante para a economia portuguesa”.
No início do mês, com a aprovação do Conselho de Ministros, o governo pôs fim ao inusitado sistema que permite aos estrangeiros solicitar autorização de residência após a entrada em Portugal, e introduziu medidas para regularizar os procedimentos pendentes. um sistema missionário. , estimado em 400.000.
Entre as 41 medidas previstas no Plano de Ação para a Migração: a alteração do atual visto de mobilidade dos migrantes da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP) para um visto comunitário (Schengen), que permite a circulação dentro da União Europeia; Criou o Gabinete de Estrangeiros e Fronteiras (UEF) na PSP para monitorizar a presença de migrantes e instalar centros de tratamento de emergência.
“O objectivo é reforçar os mecanismos para uma boa integração. Não quero deixar dúvidas sobre isso. É ao mesmo tempo uma perspectiva humanitária e um reforço das relações com os países da CPLP”, afirmou à Lusa, acrescentando que. o objetivo do governo era “acolhimento e boa integração com o humanitarismo”.
“Esse é o ponto de vista de Portugal e deste governo”, sublinhou.
Para que o novo plano seja implementado, especialmente no que diz respeito aos migrantes não pertencentes à CPLP, “o plano de imigração apresentado prevê exactamente o reforço dos serviços consulares”, disse.
“Vamos agora analisar detalhadamente como direcionamos os recursos no terreno”, disse, mas acrescentou que “o reforço da capacidade consular está planeado e será implementado no terreno”.
O Secretário de Estado participa esta segunda-feira no Dia de Portugal, de Camões e da Comunidade Portuguesa, na Embaixada de Portugal em Brasília.

