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Portugal é um país altamente desenvolvido, famoso por ser o berço de Cristiano Ronaldo, com uma geografia única e uma gastronomia diversificada. Embora muito inferior na hierarquia e superada pela Alemanha e pelo Reino Unido, a economia portuguesa é promissora.
Fatores económicos como o turismo, as energias renováveis, o investimento direto estrangeiro, o comércio internacional e um próspero ecossistema de startups tornaram Portugal próspero. Vamos dar uma olhada mais de perto nesses recursos principais.
Turismo
O estatuto de Portugal como atração turística não se limita às suas pitorescas cidades, praias e monumentos. É também um dos principais motores económicos do país em 2024. Com base nos dados dos Relatórios de Impacto Económico do WTTC, o setor do turismo deverá contribuir com cerca de 54 mil milhões de euros para a economia de Portugal em 2024.


Este último representa cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) (que você encontra no TradingView, junto com outros indicadores econômicos). Refira-se que este aumento é de 24% face a 2019, antes da pandemia de 2020, um período económico negro para Portugal.
Vários fatores tornaram o país um destino turístico atraente e um paraíso para os nômades digitais. Embora Portugal seja menos elitista do que outras regiões europeias, este atributo favorece os turistas que beneficiam de um custo de vida relativamente acessível.
O bom tempo também é crucial para quem pretende visitar ou viver num país estrangeiro. O clima de Portugal é ameno e é possível desfrutar dos raios solares durante mais de 300 dias por ano. Outra vantagem de viver em Portugal é o seu estatuto de um dos países europeus mais seguros.


Energias renováveis
Portugal também investiu em iniciativas de ecoturismo para viajantes de todo o mundo, o que leva ao próximo motor económico: as energias renováveis. Tal como os seus homólogos europeus, Portugal está ativamente empenhado em tornar-se mais amigo do ambiente, avançando para projetos solares e eólicos.
Além disso, o país continua a mergulhar em tecnologias renováveis emergentes, como instalações híbridas solar-eólica, armazenamento de baterias e até combustível de hidrogénio. No terceiro trimestre de 2024, as energias renováveis representarão 73% da produção de eletricidade em Portugal (de acordo com a REN ou Redes Energéticas Nacionais). Isto prova ainda mais o seu objectivo de ser inovador, fazendo das energias renováveis um sector de exportação de elevado valor.
A Comissão Europeia financiou recentemente Portugal com cerca de 350 milhões de euros para impulsionar tecnologias renováveis, como painéis solares, bombas de calor e baterias. Este enorme financiamento faz parte do desejo da União Europeia (UE) de promover a resiliência energética, esperando que Portugal esteja entre os centros de energia sustentável.
De forma tangível, uma economia líquida zero pode proporcionar a Portugal benefícios como um clima melhor e a conservação dos recursos naturais.
Mas as vantagens vão além deste nível. Por exemplo, as projeções da REN indicam que as energias renováveis poderão representar cerca de um terço do PIB português até 2030. Este facto amplificaria a criação de emprego, nomeadamente na produção de energia eólica e solar.
Investimento estrangeiro direto
O investimento direto estrangeiro (IDE) de Portugal também foi notável em 2024. É outro exemplo de que o turismo atrativo da região e a facilidade de imigração são economicamente benéficos. Segundo o Banco de Portugal, os fluxos de IDE ascenderam a 4,1 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2024, mais do dobro do ano passado.
Graças a programas como o “Golden Visa”, os investidores estrangeiros do Brasil e dos Estados Unidos impulsionaram sectores como o imobiliário, proporcionando-lhes uma forma de viver na prosperidade de Portugal.
O IDE também está ligado ao mercado de sustentabilidade do país (também relacionado com o setor imobiliário), com promotores internacionais interessados em edifícios e habitações ecológicas. No entanto, hotéis opulentos e propriedades à beira-mar também têm sido os favoritos dos expatriados.
Portugal também tem um ambiente fiscal relativamente favorável. As pessoas com elevado património líquido beneficiam de impostos baixos, de um clima económico estável e de um custo de vida mais baixo do que noutros países europeus.


Comércio internacional
Portugal está localizado próximo de outras regiões europeias, nomeadamente Espanha, Itália, França e Alemanha. As exportações mais importantes do país incluem automóveis, máquinas, têxteis, calçados, entre outros.
As exportações de Portugal incluem a agricultura, especialmente marisco, vinho e azeite. Continua a haver uma procura internacional por alimentos sustentáveis e de alta qualidade. Além disso, Portugal também tem apostado em inovações agrotecnológicas, beneficiando-se em termos ambientais.
Embora as exportações não tenham atingido o seu melhor nível nos últimos anos, os especialistas continuam optimistas. A primeira esperança é uma maior diversificação do mercado para além dos parceiros familiares da UE. Portugal continua a investir nos países africanos e sul-africanos em setores como a tecnologia, as energias renováveis e a agricultura.
Ecossistema de startups e inovação
Portugal está a revelar-se um centro de empreendedorismo vibrante, com mais de 4.000 empresas start-up. Graças ao apoio governamental (que levou a vários programas de financiamento) e a um ambiente geral de apoio, podemos esperar encontrar um número crescente de unicórnios inovadores.
Estas operam em diversos setores, desde a tecnologia financeira e o turismo, já comprovados, até à inteligência artificial e ao mais recente blockchain.
Iniciativas como o programa Startup Visa são outro bom exemplo da vontade de Portugal em atrair empreendedores estrangeiros. Por outro lado, os obstáculos burocráticos e a falta de capital revelaram-se barreiras. No entanto, Portugal continua a ser um dos protagonistas do cenário europeu de startups, que gera milhares de milhões de euros.
A interligação do crescimento económico de Portugal
A economia de Portugal é um efeito de onda de factores estimulantes. Por exemplo, o turismo contribui para o IDE, enquanto as energias renováveis impulsionam parcialmente o investimento estrangeiro e o comércio internacional.
O país também não tem vergonha de inovar em sectores como a sustentabilidade, proporcionando um espaço vibrante para start-ups e empreendedorismo.
Além destes factores económicos, mais fundos da UE também serão essenciais para impulsionar a economia portuguesa para além de 2024.