Proteção Civil do Porto alerta para dificuldades no recrutamento de bombeiros
Marco Martins, presidente da Comissão Regional de Proteção Civil do Porto, alertou esta segunda-feira que seria “muito difícil” mobilizar pessoal para as operações de combate a incêndios no verão, o que poderia resultar em menos equipas no terreno.
Marco Martins, que é também líder da Câmara Municipal de Gondomar na região do Porto, fez um alerta numa reunião da Câmara Municipal do Porto, na qual alertou que a dificuldade em recrutar talento é evidente na área metropolitana do Porto. A situação no Japão é “ainda mais grave”.
Como resultado, o autarca teme que este ano não haja metade das equipas de equipamentos especiais financiados pelo Estado para combater incêndios locais na área metropolitana do Porto como havia no ano passado.
“Podemos não conseguir chegar às 30 equipas no Grande Porto”, disse.
Explicou que os equipamentos especiais de extinção de incêndios estarão em funcionamento de 1 de Maio a 30 de Outubro, sendo os meses mais intensos Julho e Agosto.
Além da escassez de recursos humanos, Marco Martins apontou a baixa remuneração, que em 2022 será de 64 euros por um turno de 24 horas, o que equivale a menos de 3 euros por hora.
O responsável da comissão regional de protecção civil do Porto disse que a Câmara Municipal “já deu o que podia” aos bombeiros e “não podia dar-lhes mais”, acrescentando que pacotes de pacotes financeiros como os de outros países europeus não poderiam ser implementados a nível nacional. nível. Desta forma, mais jovens ingressarão no corpo de bombeiros.
“O Estado precisa de oferecer novos benefícios e incentivos para atrair mais pessoas para os bombeiros”, sublinhou.
Face ao cenário atual, Marco Martins considerou que as autoridades locais e as juntas de freguesia precisam de sensibilizar os moradores para a limpeza de terrenos e estradas, e que “todos devem fazer o seu papel”.
Eduardo Vitor Rodríguez, presidente da Câmara Municipal do Porto, também reconheceu o problema do recrutamento, afirmando que nem as organizações humanitárias dos bombeiros voluntários nem os sapadores (no caso dos municípios com sapadores) têm capacidade para responder ao que se passa atualmente. . A proporção prevista em lei para contratação de equipe.
Além do valor pouco atrativo que está a ser pago, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia destacou ainda a sazonalidade da função.
“Eu realmente acho que o problema é a sazonalidade. Quando você vai para um mercado de trabalho que já está muito pressionado pela falta de mão de obra especializada nessa área, você sente que o valor e o valor que você recebe são determinados pelo país. “Não é atraente o suficiente”, disse ele.

