PSD, CDU, BE acolhem restrição de tuk-tuks e autocarros turísticos no centro do Porto
Deputados do PSD, CDU e BE da Câmara do Porto saudaram hoje a decisão da cidade de restringir a operação de “tuk-tuks”, autocarros de turismo e autocarros de dois andares no centro histórico e de abolir os comboios turísticos em 2026.
Em causa está um projeto-piloto que visa restringir a circulação de vários veículos turísticos no centro histórico do Porto através da restrição dos operadores de “tuk-tuk'' e dos autocarros turísticos.
O projeto também limitará a operação dos ônibus turísticos de dois andares a duas empresas licenciadas (“hop on and off”) e não renovará a licença do trem turístico, que expirará em março de 2026. Ela expirará em.
Falando à margem de uma reunião à porta fechada do poder executivo onde foi discutido o tema, o vereador do PSD, Alberto Machado, disse que é necessário abordar esta área que, sem regulamentação, transformaria o centro da cidade num “caos”.
“Acolhemos com satisfação esta proposta”, frisou, felicitando a escolha do Parque da Alfândega e do Parque das Camélias, que vão garantir a proximidade dos turistas às principais atrações da cidade.
“Precisamos encontrar um equilíbrio entre desfrutar a cidade não só para os turistas, mas também para os moradores, comerciantes e pessoas que aqui trabalham”, acrescentou.
Questionado sobre se esta medida pode pôr em causa a sobrevivência de negócios como os tuk-tuks, Alberto Machado afirmou: “O centro histórico do Porto “é relativamente pequeno”, disse.
“Tudo requer equilíbrio”, disse ele.
O vereador do BE, Sergio Aires, também saudou a decisão, mas considerou que o Porto estava “perseguindo o assunto”.
“Quando estas questões surgiram na campanha eleitoral e falámos em turistização, fomos crucificados. Depois de quase quatro anos, finalmente há um acordo de que precisamos mesmo de fazer alguma coisa”, defendeu.
Para ele, alguns dos problemas de mobilidade que o centro da cidade enfrenta já podem estar resolvidos.
“Isto não é só uma questão de mobilidade, é uma questão de alojamento local, de habitação. Esta conversa termina aqui. É mesmo sobre habitação e a incapacidade da cidade para acolher pessoas que deveriam ser bem-vindas', pensou.
A vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, fez eco ao apelo do BE para a necessidade de estabelecer regras que tenham em conta o “equilíbrio das diversas atividades” que decorrem na cidade e “não permitam a sobreposição de uma atividade com outra acordada”.
“O Porto tem gente que lá vive, e sobretudo aqui no centro há muita pressão turística. Encontrar um equilíbrio entre a mobilidade das pessoas que aqui vivem, das pessoas que nos visitam, mas também o direito ao descanso e à segurança. “Precisamos ser ecologicamente corretos em termos de ruído e emissões”, disse ele.
Para a CDU, são necessárias medidas para regular o setor “antes que seja tarde demais”.
A área restrita em questão situa-se entre a rua Gonzalo Cristovan e a rua Tunel da Ribeira, e tem como limites a rua Dos Bragas, a rua Cedofeita, a rua Restaurante, a rua Bandeiña, a rua Alegría e a rua Fernández Tomás.
A cidade estima que existam atualmente mais de 100 tuk-tuks na cidade, mas o número deverá ser reduzido em mais de metade no bairro histórico, uma vez que serão autorizados a operar apesar da falta de regras de trânsito precisas. O presidente em exercício, Andre Broshad, explicou aos jornalistas que apenas cinco empresas terão necessariamente carros elétricos, oito cada (40 no total).

