A Comissão Central Eleitoral disse que as eleições autárquicas de domingo na Madeira decorreram “como habitualmente” e que apenas recebeu “vários pedidos de esclarecimento” relativamente às atividades publicitárias perto das assembleias de voto.
Contactado cerca das 12h30, Fernando Anastasio, porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), disse à Lusa que as eleições decorreram “normalmente e não foram reportados quaisquer incidentes”.
“Não há qualquer ligação. As acções decorrem normalmente. Houve alguns pedidos de esclarecimentos, mas são poucos e estão relacionados com propaganda próxima da mesa eleitoral”, disse.
A CNE ainda recebe algumas perguntas sobre as eleições europeias de 9 de Junho, mas as perguntas não são claras, segundo um porta-voz.
O Jornal da Madeira noticiou hoje, na sua edição online, que durante a cobertura nas ruas do Funchal foram vistos cartazes de campanha de vários candidatos que ainda não tinham sido retirados.
O jornal noticiou os cartazes do CDS e do Chega junto à Rotunda Engenheiro Jaime Ornelas Camacho, e o cartaz do PSD na rotunda por cima do centro de saúde da Diocese de Santo António. Encontraram também cartazes do PSD e do CDS na Rotunda dos Viveiros, no Funchal.
A Lei Eleitoral da Assembleia da República estipula que, no que respeita à publicidade pós-campanha, a publicidade realizada no dia ou na véspera da eleição é punível com pena de prisão ou multa.
A lei também estipula que os cartazes são proibidos a menos de 500 metros do local de votação.
Realizam-se hoje eleições autárquicas antecipadas na Madeira, com mais de 254 mil eleitores a votar para escolher um novo parlamento e um novo governo.
14 candidatos disputam 47 lugares nas autárquicas de um único distrito: ADN, BE, PS, Libre, Illinois, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas de hoje acontecem oito meses depois das últimas eleições autárquicas, depois de o presidente da Madeira, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento da Madeira na sequência da crise política desencadeada em janeiro. Miguel Albuquerque (CDS-PP) foi apontado como arguido na investigação sobre alegações de corrupção.
No último Congresso, a Assembleia Legislativa da Madeira contou com 20 deputados do PSD, 3 do CDS-PP, 11 do PS, 5 do JPP e 4 do Chega. CDU, BE, PAN e IL ficaram em primeiro lugar.

