Segundo o portal de eventos, terminou esta quinta-feira nos Estados Unidos a Conferência de Pequenos Satélites 2024, que atribuiu ao microssatélite português Eros MH-1 o prémio Missão do Ano e acolheu o parceiro do projeto, o Instituto MIT.
A conferência foi realizada de 3 a 8 de agosto em Logan, Utah.
O microssatélite Eros MH-1 foi enviado ao espaço no dia 4 de março e estabeleceu comunicação com a Terra no dia 19 de março através do teletransporte de Santa María, nos Açores, operado pela Thales Edisoft Portugal.
No dia 2 de julho foram divulgadas as primeiras imagens tiradas com este aparelho.
O microssatélite de 4,5 kg, localizado a 510 km de altitude logo acima da Estação Espacial Internacional, casa e laboratório dos astronautas, passará três anos observando o Oceano Atlântico.
O MH-1 leva o nome em homenagem ao ex-ministro da Ciência Manuel Haiter, que o Consórcio de Microssatélites considera o campeão do projeto, e é o segundo a ser enviado ao espaço depois do PoSAT-1 de 50 metros ter se tornado um satélite de Portugal. Foi colocado na órbita da Terra em setembro de 1993, mas foi desativado 10 anos depois.
O consórcio nacional Eros MH-1 inclui diversas empresas e instituições académicas portuguesas, bem como o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, através do programa de cooperação MIT-Portugal.
O Centro de Engenharia do CEiiA em Matosinhos, um dos parceiros que construiu os microssatélites, irá processar os dados e imagens para fins de investigação científica.
A Universidade do Algarve, a Universidade do Porto, a Universidade do Minho, o Instituto de Tecnologia Avançada e o Instituto Imar do Mar dão apoio científico a esta missão.
O microssatélite, que entrou em operação em 2020, investiu 2,78 milhões de euros e foi cofinanciado com 1,88 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional Feder.

