Autarca de Braga garante que East River estará ‘irreconhecível’ até final de 2025
O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Río, disse esta terça-feira que o rio Este estará “irreconhecível” até ao final de 2025, quando terminar uma intervenção de renaturalização prevista que custará cerca de 2,1 milhões de euros.
Durante a visita do ministro do Ambiente às obras em curso, Ricardo Río sublinhou que no início deste século o rio Este era “efectivamente um esgoto a céu aberto no centro da cidade”.
“Uma vez concluída a terceira fase, esta zona da cidade ficará indistinguível, a qualidade será muito melhor e toda a zona estará completamente tratada”, disse.
Atualmente, estão em andamento as obras do trecho do Complexo Esportivo da Rodovia localizado na chamada “área lagunar”, entre a Avenida Mestre José Veiga e a porta da lagoa.
A intervenção tem um orçamento de cerca de 650 mil euros e deverá estar concluída no prazo de dois meses.
O plano consiste na retirada de betão do rio e naturalização do talude, e prevê ainda a instalação de um novo caminho pedonal, rampa de acesso à lagoa e bancos de jardim.
O troço em questão situa-se no eixo desportivo da auto-estrada, entre a rua Mestre José Veiga e a zona da Porta da Lagoa, na chamada “zona lagunar''.
A Câmara Municipal de Braga e a Agência Portuguesa do Ambiente formalizaram hoje um acordo para financiar a próxima fase da intervenção, estendendo-a até à Avenida Fray Bartolomeu dos Mártires.
O orçamento para esta fase é de aproximadamente 1,5 milhões de euros e deverá estar concluído no último trimestre de 2025.
A primeira fase já tinha decorrido em 2014 entre o Hotel Meliá e o Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL).
Para Altino Bessa, vogal da Câmara Municipal do Ambiente de Braga, o objetivo é melhorar as acessibilidades e a mobilidade para que as pessoas possam voltar a desfrutar do rio.
Pimenta Machado, Diretor-Geral Adjunto da Agência Portuguesa do Ambiente, sublinhou a importância de intervenções continuadas para melhorar a gestão dos eventos de inundação, retirando betão do rio e “dando espaço” a nascente.
Pimenta Machado lembrou que Braga é uma cidade que regista precipitações intensas, sublinhando que «cai mais chuva em 15 dias do que em dois anos no Algarve».
A ministra do Ambiente, María da Graça Carvalho, mostrou-se satisfeita por não ter ido a Braga para lançar a primeira pedra, mas sim para visitar uma intervenção que iria retirar betão da paisagem urbana.
Para o governador, os dias dos muros de concreto para evitar enchentes e inundações já se foram e a estratégia agora é naturalizar os bancos.
Enfatizou que esta abordagem irá reconstruir o ecossistema ao longo do rio, restaurando a aparência natural do rio e promovendo assim o desenvolvimento da flora e da fauna.