A Direção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu este sábado que já tomou medidas e monitoriza desde junho o aumento da circulação do parvovírus B19, que pode causar a morte em fetos até às 20 semanas de gravidez.
“Embora o risco para a população seja baixo, tendo em conta a situação epidemiológica internacional e nacional, foram implementadas desde hoje medidas para reforçar a vigilância epidemiológica e sensibilizar os profissionais de saúde”, refere a DGS em comunicado.
As autoridades de saúde do país recordaram na passada quarta-feira que emitiram informações de carácter técnico aos profissionais médicos, destinadas principalmente a quem presta cuidados médicos a crianças e mulheres grávidas.
“Esta informação fornece conselhos e informações aos profissionais de saúde para permanecerem vigilantes em relação às infeções por parvovírus B19 e para fornecerem conselhos e informações ao avaliarem os utilizadores incluídos em grupos-alvo, especialmente aqueles em risco de complicações”.
A DGS escusou-se a recomendar medidas específicas para a população em geral, sublinhando que “continua a acompanhar de perto a evolução nacional e internacional desta epidemia e emitirá informações e documentos técnicos sempre que necessário”.
Na informação disponibilizada no seu site, a DGS cita dados preliminares de que, desde janeiro deste ano, o número de internamentos relacionados com o parvovírus tem vindo a aumentar gradualmente, atingindo um pico claro em março.
“Estima-se que 30-40% das mulheres grávidas são suscetíveis à infecção. Se infectadas nas primeiras 20 semanas de gravidez, há uma chance de até 10% de danos graves ao feto, incluindo anemia, hidropisia fetal e intrauterina. morte”, alerta a DGS.
Nas crianças, o sintoma mais comum é o eritema infeccioso, caracterizado por mialgia, diarreia e mal-estar febril com dor de cabeça, enquanto nos adultos o sintoma mais comum é a poliartralgia periférica das mãos, punhos, joelhos e tornozelos e até 50 pessoas. pode ser afetado. Taxa de infecção entre mulheres grávidas não imunes.
Segundo a DGS, cerca de dois terços da população tem imunidade à infeção por parvovírus B19 devido a infeções anteriores (15% dos pré-escolares, 50% dos adultos e 85% dos idosos).
Relativamente ao aumento das infeções por parvovírus B19, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, garantiu na sexta-feira que a DGS e os seus especialistas estão “a prestar muita atenção” ao assunto.