A Câmara Municipal de Valença reautorizou um investimento de 40 mil euros no edifício Casa das Varandas, em Fortaleza, para efeitos de montagem de um projeto museológico, revelou esta quarta-feira a Câmara Regional de Viana do Castelo.
“Todos os bens, que atualmente ocupam uma sala do Arquivo Municipal, estão a ser transferidos e está a ser ponderada a futura criação do Museu da Rádio de Valença. Paralelamente a esta intervenção, a Câmara de Comércio já anunciou que este edifício será “Estamos”. delineando o projeto do museu”, afirmou o município em comunicado.
O imóvel, construído no século XVI, «foi alvo de intervenções gerais na cobertura e revestimento do edifício, num valor aproximado de 40 mil euros», adianta a autarquia.
A intervenção visa “requalificar um imóvel de quatro pisos situado na rua Trindade, no centro histórico de Valência” e “dar-lhe nova vida”.
“Como o imóvel não apresentava ocupação frequente, foi necessária uma intervenção geral, nomeadamente no exterior”, afirmou a câmara.
A Casa das Varandas remonta ao século XVI, mas a forma e estrutura atuais do edifício remontam ao século XIX.
Foi adquirida pela Câmara de Comércio à Ordem Terceira de São Francisco de Lisboa em 1972.
Desde a sua aquisição, albergou a Biblioteca Municipal José Augusto Vieira, o Arquivo Municipal, os Serviços de Ação Social e outros serviços municipais.
“Nos últimos anos, não houve ocupações permanentes significativas”, nota o município.
Quanto ao futuro Museu da Rádio de Valença, passará a integrar a Coleção Sava das Rádios de Valença e encontra-se atualmente em exposição permanente numa sala do Arquivo Municipal, acessível a partir da Rua Musinho de Albuquerque.
Estão expostas 134 rádios de um acervo total de 483 rádios que compõem a coleção Sava que Sansang Vaz mantém no município.
“Esta exposição mergulha os visitantes na imaginação de rádios antigos, válvulas, botões cromados, sons de rádio, designs retrô e graffonolas antigas. Da Holanda à Alemanha, do Canadá aos Estados Unidos, do Japão ao Brasil e muitos outros lugares. podemos encontrar os dispositivos que permitiram ao mundo comunicar em tantas línguas e lugares”, explica a Câmara.